segunda-feira, 28 de junho de 2010

Buraco do Boi sofre com deficiência na coleta do lixo

Por: Fabio da Silva Barbosa
Foto: Fabio da Silva Barbosa
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Mesmo a caçamba estando com bastante lixo, moradores disseram que ela estava vazia em comparação com dias que chega a transbordar.
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A comunidade Buraco do Boi, no Bairro da Passagem, em Cabo Frio, Rio de Janeiro, possui 600 famílias sofrendo devido a deficiência no sistema de recolhimento do lixo. Todos os moradores abordados pelo Impresso não pensaram duas vezes antes de apontar o lixo acumulado na entrada da comunidade como o pior problema enfren-tado. Leonora de Oliveira Justo, 32, contou que a comunidade possui apenas uma caçamba, que não é suficiente. “O caminhão do lixo não vem até aqui, alegando que não dá para fazer a manobra. Aí a caçamba fica aí por mais de dois dias transbordando. Teríamos de ter pelo menos umas 3 caçambas aqui para dar conta. No verão então é pior ainda, já que a maioria dos moradores vive da praia, através de barraquinhas. En-tão eles precisam preparar seus produtos e jogar o lixo gerado fora”, explica Leonora. Ela ainda disse que ocorreram diversas doenças devido ao contato com o lixo.
Edson Sales Chaves, 35, acrescentou que muitos ratos estão aparecendo nas casas por causa do lixo. Morador da comunidade, Edson lembra que “se o caminhão consegue recolher o lixo dos prédios que tem na mesma rua, por que não consegue recolher o da comunidade?”
Outro serviço que também deixa a desejar é o do correio que não entra na comunidade para entregar as cartas nas casas, deixando em uma barraca que fica na Rua Antônio Feliciano de Almeida. Leonora comentou que: “Isso é muito chato, porque carta é algo muito pessoal. Ali fica tudo junto e um acaba vendo a carta que o outro está recebendo... A gente fica sem privacidade.”
Uma grande vitória foi o calçamento feito com o próprio esforço da comunidade, através do sistema de mutirão. Os moradores lembraram que antes de fazerem a obra na comunidade o esgoto era um problema. Ainda segundo Leonora as obras foram feitas no dia 31, porque era um dia em que estavam todos em casa. “Foi uma iniciativa da comunidade. Saímos atrás de verba e conseguimos o material. Aí colocamos a mão na massa e conseguimos dar um jeito no lugar.”

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