sábado, 31 de julho de 2010

Inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o projeto Universidade Aberta, parceria entre a Escola de Comunicação da UFRJ e o Pontão de Cultura Digital da ECO, cujo objetivo inicial é abrir vagas nas disciplinas do currículo de graduação da Escola para integrantes dos Pontos de Cultura e movimentos sociais que não tenham vinculo com a Universidade.
As inscrições ficam abertas entre 29 de julho e 06 de agosto de 2010.
Para ver as disciplinas, horários e formulário de inscrição acesse: http://www.pontaodaeco.org/universidade-aberta-aulas-na-eco-0

Orquestra de Cordas da Grota comemora no Municipal de Niterói

A Orquestra de Cordas da Grota, projeto social desenvolvido na comunidade Grota do Surucucu, completa 15 anos e comemora com festa no dia 10 de agosto, às 20 horas no Teatro Municipal de Niterói.

Sob a regência do Maestro convidado Russell Guyver, Tiago Cosmo e Haroutune Bedelian, em conjunto com a Orquestra da Grota, o Concerto é realizado em ré menor para dois violinos e cordas, de J.S.Bach. Na sequência do show, Concerto em lá para cordas, de Antonio Vivaldi e Divertimento nº 3 em fá maior de W.A.Mozart. A segunda parte da apresentação marcará as notas da 2ª suíte Viajando pelo Brasil, de Ernest Mahle e do Hoedown do ballet Rodeo, de Aaron Copland, com a regência de Nayran Pessanha. Para fechar a apresentação e mostrar a importância do projeto no processo de inclusão na roda da vida, a Orquestra de Cordas da Grota apresentará um pout-pourri performático de Brasileirinho, Pour Elise, Sinfonia 40 de Mozart - a grande Sinfonia, Asa Branca, Canon, Billie Jean, Black and White. O entrelace terá toques inusitados de samba e funk.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Reciclagem Geral

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

Rômulo Ferreira, 27, e sua companheira Bárbara Barroso, 22, moradores de Santa Tere-sa, Rio de Janeiro, fazem parte do Coletivo Cul-tural Outras Dimensões, que vem buscando a-través da reciclagem, transmitir uma consciên-cia ecológica e transformar a realidade em que vivemos. “Conheci a maneira de fazer o papel reciclável no café da manhã. Virei o pacote de pão e vi a receita do papel. Na época, já fazia poesia e pensei na hora que tinha encontrado a melhor forma para expor. Quando escrevemos gastamos muito papel, produzindo lixo, assim resolvi esse problema. Era o que faltava nos meus livrinhos.” Lembra Rômulo.
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Atualmente o coletivo é formado por sete amigos, “mas sempre aparece uma galera para ajudar”. Rômulo explicou ainda, que além do material que expõe e vende, o coletivo ainda promove oficinas em escolas, encontros, co-munidades e onde mais for chamado. “Fiz a opção por trabalhar com papel reciclável, mas tentamos transmitir a idéia como um todo. Na verdade, acho o papel reciclável muito mais bonito que o outro. Sem falar que temos o contato com a criação desde o surgimento do papel. É muito legal esse trabalho”.

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Sacolas e bolsas feitas com caixa de leite e saco de feijão

outrasdimensoes@gmail.com
www.outrasdimensoes.ning.com

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ópera Periférica


Desde o dia 03 de julho está acontecendo no CDC Patriarca, zona leste de São Paulo, o espetáculo “A Saga do Menino Diamante – Uma Ópera Periférica”, realizado pelo coletivo de teatro Dolores Bocada Aberta, grupo que completa 10 anos em 2010.
O espetáculo tem o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro e está na sua 2ª temporada (a 1ª foi em 2009). A apresentação acontece todos os sábados desde o dia 03.07 e vai até o dia 21.08 a partir das 22h, caso chova não há espetáculo, pois a peça é encenada a céu aberto.

O espetáculo tem a pretensiosa vontade de narrar a saga da aventura humana através de 3 visões diferentes:

1) o desenvolvimento do ser humano como ser social em sua saga histórica;
2) a construção da cidade como fruto e estímulo da ação do ser social;
3) a formação da consciência do indivíduo como apreensão particular do ser social.

São quase 30 pessoas envolvidas no espetáculo, entre atores, técnicos e a banda Nhocuné Soul, responsável por toda a trilha sonora. O 1º Ato da peça tem a duração de 1h40 e após o término começa a festa, no próprio CDC, que vai até as 4h00 da manhã, com a discotecagem do DJ Gil.

Valorize iniciativas populares, pois são feitas por gente da gente, com a nossa cara!

Fotos - http://www.flickr.com/photos/coletivodolores
Blog do CDC - http://cdc-patriarca.blogspot.com/
Veja o vídeo da peça com trilha do Nhocuné Soul - http://www.youtube.com/watch?v=eBuGNdnWhqk

CDC Patriarca - Rua Doutor Frederico Brotero, 60 (Cidade Patriarca, próximo a estação de metrô)
Informações: 0xx(11) 3433-8083 / assessoria@revistaelementos.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O PAC da Rua da Mangueira

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes
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Moradores mostrando que é possível construir uma realidade melhor com as próprias mãos..

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Quem pensou que fosse o Programa de urbanização do governo, pensou errado. O PAC da Rua da Mangueira (Loteamento Bela Vista, Rio do Ouro) significa “Plano de Ação Comunitária”. O organizador do GACRUMA (Grupo de Ação Comunitária da Rua da Mangueira) que vos escreve, andava quebrando a cabeça por aí, atrás de entulho para tapar os buracos da rua, mas começo esta matéria tirando o chapéu para o militante do Grupo, Jorge da Conceição, 30, zelador. O cara conseguiu que um motorista do disque-entulho nos trouxesse algumas caçambas. Combinamos de espalhar o entulho pela rua no sábado de manhã (05/06). Ao começar o trabalho, já contávamos com dois membros. Lá pelas dez horas da manhã, já éramos sete, trabalhando incessantemente em torno de nosso objetivo. Terminamos o trabalho às 15:00. Suados e satisfeitos, nos confraternizamos com um prato de comida apimentada e cachaça (nem todos beberam).

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Muita animação e união marcaram o dia de trabalho.
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As caçambas não saíram de graça. Nos desgastou muito, correr atrás de dinheiro entre os moradores. Por ser um serviço periódico (pois quando chove, leva todo o entulho), voltamos a pedir que descarreguem o entulho indesejado em nossa comunidade. Buraco aqui não falta e nossa arrecadação está voltada para o asfaltamento das ruas da Mangueira e anexa.
Espero que a ação do Grupo sirva de exemplo para moradores de outras comunidades. Não adianta cruzar os braços e esperar que o trabalho caia do céu; que algum político faça todo o trabalho; que tudo venha sempre de graça. Muitos grupos e associações por aí estão capengas, porque ninguém do lugar se interessa em agir. Tem suor pra dar? Faça! Não tem suor, mas tem dinheiro? Contribua! Participe das reuniões, opine. Qualquer prédio de bacana tem reunião, síndico e taxa de condomínio.
Faça a sua parte.
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Jorge da Conceição com seu filho João Gabriel, de 4 anos. Passou a metade do dia de seu aniversário consertando a rua.

Parabéns

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terça-feira, 27 de julho de 2010

Pracinha do Calixto e seu idealizador

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes
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Foi através do Projeto Recomeçar que conhecemos um de seus ilustres membros, mentor de um projeto de área de lazer, chamado Pracinha do Calixto, em Ititioca. Lúcio Flávio Barbosa de Oliveira, 36, construtor civil e profissional em sonorização, nasceu na própria comunidade, porém aos 13 anos, foi morar em Petrópolis com sua família. Retornou à Ititioca, há 10 anos, e notou que nada mudara lá.
Acostumado com a beleza de Petrópolis, Lucinho percebeu que se não colocasse a mão na massa, o Calixto continuaria a mesma coisa. “ As crianças em Petrópolis costumam dar bom dia e cumprimentar, aqui não tinha isso. Além do mais, as crianças brigavam muito. Hoje, eles brincam aqui e ficam em paz.” Lucinho explica que comprou o lote há dez anos e começou a construir a área de lazer, sem olhar para trás. Hoje, a Pracinha do Calixto conta com um campinho de futebol, dois banheiros (um ainda em construção), TV tamanho telão com vídeo game e espaço isolado com brinquedos (gangorra, balanço, escorrega, etc), todos esses, construidos com material que sobrou das suas obras.Sendo Lucinho, um dos fundadores e idealizadores do Projeto Recomeçar e sua bandeira, seu projeto se fundiu a esse.

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”Ninguém me ajudou no início, mas hoje sei que conto com o Projeto Recomeçar.”
Lucinho
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O resultado da pracinha veio com a mudança no comportamento das crianças e o carinho. Quando ele ouve chamarem a praça de “Campinho do Tio Lucinho”, ele confessa que considera isso, seu pagamento. “Às vezes, chego cansado da obra, ligo o Playstation e chamo as crianças para jogar.” A confiança dos pais em deixar seus filhos sob a tutela de Lucinho e sua esposa, é plena. “Ganhei um terreno em Petrópolis e outro na Bahia, mas jamais abandonaria isso aqui.” Sobre o Calixto, Lucinho ressalta a carência de urbanização do local, nas reuniões do Recomeçar, lembrando do lugar como o “cantinho esquecido do nada”, cheio de pequenas trilhas (apelidadas por ele de “lá vai um”).
A Pracinha do Calixto necessita de tela de proteção para o campo e material em geral, para terminar os muros e pavimentar a praça.
Se alguém se interessar em ajudar, os telefones são:
2618-7497
2618-7661
(Projeto Recomeçar)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Convite: Debate sobre Racismo e Violência Urbana

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O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos dos Negros de Nova Iguaçu (COMDEDINE/NI) - com apoio da ComCausa - estará realizando no dia 26 de Julho, segunda-feira, à partir das 18hs, na Câmara de Dirigentes Lojistas, a Mesa de Debate: O Racismo e Violência Urbana.
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Maiores informações:
contato@comcausa.org.br

Abaixo-Assinado (#6322): CAMPANHA NACIONAL PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA:

Destinatário: Congresso Nacional
>> Assine este abaixo-assinado <<
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Eu apoio emenda constitucional para inserir inciso V ao artigo 186 da Constituição Federal, estabelecendo que para cumprir a Função Social a Propriedade rural terá limite máximo de 35 módulos fiscais, como forma de garantir a democratização do acesso à terra e a soberania territorial e alimentar.
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JUSTIFICAÇÃO
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Para garantir efetivamente a função social da propriedade rural como determina a Constituição Federal em seus artigos V, XXIII e 186, é necessário que se estabeleça um limite de extensão para os imóveis rurais. A realidade é que o Brasil apresenta um dos maiores índices de concentração fundiária do mundo: 1,5% dos 5 milhões de imóveis rurais cadastrados concentra 52% de toda a área , no outro extremo tem-se que 98,50% do total de imóveis cadastrados, detém somente 48%.Diante deste quadro de grave desigualdade, não se pode admitir que imensas propriedades rurais possam pertencer a um único dono, impedindo o acesso democrático à terra que é um bem natural, coletivo, porém limitado.
Como os recursos naturais devem estar disponíveis para todos, sob pena de não se respeitar sua função social, não é compatível com a Constituição que uma insignificante minoria tenha em seu poder a grande maioria das melhores terras do país em prejuízo de tantos brasileiros que são forçados a abandonar seu habitat natural.
A limitação do tamanho da propriedade rural também se justifica como um estímulo ao aumento da produção de alimentos, da preservação dos recursos naturais, do emprego rural e da fixação do homem no campo, além de impedir ainda maiores ofensas à soberania territorial brasileira.
A proposta não ofende nenhum princípio constitucional, pelo contrário, se adeqüa perfeitamente ao que estabelece a Constituição ( art. 3º) quando inclui entre os objetivos da República Brasileira a construção de uma sociedade justa e solidária e a redução das desigualdades sociais.
Esta não deve ser uma preocupação apenas dos que vivem do campo, porém uma luta de toda a população em favor da efetividade dos princípios constitucionais e do aprimoramento da democracia em nosso País.
Por isso eu apoio a Campanha Nacional pelo limite da propriedade da terra, em 35 módulos fiscais, manifestando a minha vontade como cidadão de que o Congresso Nacional venha a aprovar, sem demora, emenda constitucional que estabeleça esta limitação como avanço imprescindível da sociedade brasileira.
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israel raimundo IBERÊ-UANÁ SASSÁ TUPINAMBÁ
Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus www.tribunalpopular.org
Organização Popular Aymberê www.opaymbere.wordpress.com

sábado, 17 de julho de 2010

CORRERIA

HOJE TÁ LOUCURA. INDO AGORA PARA COBRIR A NOVA AÇÃO SOCIAL DA ITITIOCA PROMOVIDA PELO PROJETO RECOMEÇAR E AINDA TEMOS DE TERMINAR A DIAGRAMAÇÃO DO IMPRESSO DE JULHO.
DAREMOS AQUELA FAMOSA PAUSA NA INTERNET PARA ORGANIZAR TUDO.
DOIS PARA FAZER MIL COISAS E AINDA SOBREVIVER COM A FAMÍLIA NESSE MUNDO É LOUCURA PURA.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Notícias indígenas que chegaram por e-mail

LIDERANÇAS INDÍGENAS DA BAHIA PEDEM PROVIDENCIAS CONTRA O PROCESSO DE CRIMINALIZAÇÃO QUE VEM SOFRENDO.

Cerca de trezentas lideranças indígenas do Estado da Bahia se encontram acampados nos espaços da Assembléia Legislativa do Estado e na Secretaria de Justiça, em Salvador.

As lideranças reivindicam providências das autoridades aos constantes ataques que tem sido realizado pela Policia Federal, as comunidades indígenas em especial ao povo Tupinambá no sul da Bahia. Também solicitam providencias quanto ao processo de criminalização da luta dos povos indígenas e as recentes prisões dos irmãos Rosivaldo Ferreira (Cacique Babau) seu irmão Givaldo e sua irmã Glicéria presa com seu bebe de apenas três meses após chegar de audiência com o Presidente Lula.

Ontem no período da tarde uma comitiva teve reunião com a Secretária de Justiça da Bahia, Luciana Tannus, o sub-secretário de segurança pública da Bahia, Ary Pereira, o Coordenador de Políticas para os Povos Indígenas, Jerry Adriane Santos de Jesus, os caciques do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, Gerson Mello, Nailton Muniz e Reginaldo Vieira, além de varias lideranças dos Povos Tupinambá de Olivença, Tuxá, Kiriri, Paiaia, representantes do Conselho Indigenista Missionário, Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Trabalhadores sem Terra, Fórum de Luta por Terra Trabalho e Cidadania da Região Cacaueira, e a jovem estudante de direito que recentemente esteve na conferencia da ONU defendendo os direitos dos Povos Indígenas, Patrícia Pataxó.

Desta reunião saiu o compromisso da própria Secretaria de Justiça, em agendar uma reunião com o Ministro da Justiça no sentido de apurar e solucionar de vez as abordagens e o tratamento que vem sendo dispensado aos povos indígenas pela Policia Federal, em especial a situação da comunidade da Serra do Padeiro em Buerarema, sobretudo as denúncias sobre tortura a indígena divulgada e denunciada internacionalmente e sem providências. Foi garantido também um agendamento de reunião com o Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia. Na reunião foi criada uma comissão com nove lideranças indígenas que irão no dia de hoje (13/07) visitar o cacique Babau e seu irmão Givaldo, que se encontram no complexo penal Lemos de Brito.

O Sub secretario de segurança pública da Bahia, Ary Pereira garantiu a comitiva, que será feita investigações para apurar as denúncias feita por representantes da comunidade da Serra do Padeiro de envolvimento de policias civis na tentativa de assassinato ao cacique Babau e outros representantes de sua família, e se necessário for o deslocamento de um contingente de policiais para garantir a comunidade o direito de ir e vim, já que a mesma segundo relatos de membros desta comunidade encontram-se encurralada dentro da sua áreas, pois são constantes ameaçados por fazendeiros, pistoleiros e até mesmo por populares que são incitados conta a comunidade indígena. As lideranças tiveram que suspender a vinda dos estudantes indígenas ao município de Buerarema, pois os mesmo corriam risco de vida e ameaças de incêndio ao ônibus escolar, estão sem freqüentar as aulas desde o mês da prisão ilegal do cacique Babau. Jovens que freqüentavam a faculdade tiveram que suspender o curso, pois estavam sendo ameaçados dentro das próprias salas de aula. O próprio Ary propôs a realização de uma audiência pública em Buerarema para esclarecer com a população do município esta situação e por um fim a estas práticas de incitamento da população local contra a comunidade indígena praticada pelos fazendeiros e a imprensa local.

Hoje pela manhã uma comitiva esteve com o Deputado Yulo Oiticica, para discutir a problemática das terras dos Pataxó Hã-Hã-Hãe, que aguarda o retorno do julgamento da ACO, por parte do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o secretário da Comissão Executiva do Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena, Agnaldo Francisco Pataxó, uma das lideranças organizadora da ação estão sendo aguardado ainda para hoje a chegada de representantes dos povos, Tumbalalá, Kaimbé, Pankararé, Pankarú, Tuxá e Kiriri, no dia de amanhã será realizada na Assembléia Legislativa do Estado uma audiência com a Comissão de Direitos Humanos onde todas estas situações serão mais uma vez debatida. Segundo Agnaldo e outras lideranças presentes no ato, "É preciso dar um basta nesta situação que envolve as nossas comunidades, estamos sendo tratados como bandidos perigosos, quando os verdadeiros bandidos andam soltos por ai, aprontando e nada acontece com eles, é revoltante como a Policia Federal tem agido em nossas comunidades de forma violenta". "E o que mais nos revolta é que as denúncias são feitas, são comprovadas as irregularidades nas ações e nada é feito de concreto. O exemplo mais concreto desta situação é a prisão do Cacique Babau e sua irmã Glicéria, cheia de irregularidades e mesmo assim eles continuam presos – Queremos que eles sejam libertados". "Eles foram presos arbitrariamente por defender uma terra indígena que está em processo final de demarcação", disse Tainã Andrade Tupinambá.

O grupo continua acampado em frente á Secretaria de Justiça Cidadania e Direitos Humanos, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), segundo as lideranças, eles só deixam o local quando alguma providencia concreta em relação à libertação do Cacique Babau, seus irmãos Gil e Glicéria, forem garantida.

LUTAR, NÃO É CRIME.

Salvador, 13 de julho de 2010.

Conselho Indigenista Missionário

Índios defendem cacique preso e pedem lei para professor indígena


Índios defendem cacique preso e pedem lei para professor indígena
HOME PAGE FUNAI, 13.07.2010
A TARDE-BA

Acampados no CAB, eles buscam interlocução com o governo do Estado e legisladores
VALMAR HUPSEL FILHO

Com rostos e corpos pintados, cerca de 150 índios se dividiram em dois grupos para
reivindicar direitos em frente à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) e à
Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Entre os
manifestantes, havia representantes dos povos pataxó hã-hã-hãe e tupinambás, do sul do
Estado, kiriri e tuxá, do norte, e paiaiás, da Chapada Diamantina.
"Amanhã chegam mais dois ônibus com mais 70 índios de cinco povos do norte e oeste do
Estado", informou o secretário da Comissão Executiva do Fórum Estadual de Educação Escolar
Indígena, Agnaldo Francisco Pataxó.
"Também estaremos atentos à votação de dois projetosem tramitação na Assembleia
Legislativa da Bahia: o que regulamentaaprofissãodeprofessor indígena e o que altera os
limites de terras demarcadas", disse.
Pela manhã, índios kiriris seguiramemmarcha,exibindo cartazes, para a porta da Assembleia
Legislativa para reivindicar a não-aprovação do projeto que corrige os limites do município de
Banzaê, que, segundo os indígenas, reduz áreas demarcadas.
A proposição pode entrar na pauta de votação hoje.
Cacique Babau Outro grupo acampou em frente à SJCDH. A principal reivindicação é a
libertação do cacique Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau, e sua irmã
Glicéria de Jesus da Silva, da aldeia tupinambá Serra do Padeiro, em Buerarema, sul da Bahia.
"Eles foram presos arbitrariamente por defender uma terra indígena que está em processo
final de demarcação", bradou a índia Tainã Andrade Tupinambá.
À tarde, os índios foram recebidos pela secretária e pelo coordenadordePolíticaspara Povos
Indígenas da SJCDH, Luciana Tannus e Jerry Matalawê, respectivamente. Na reunião, ficou
definido que um grupo de 10 índios tupinambás irá visitar cacique Babau, na sede do Centro
de Operações Especiais (COE), onde está preso desde o último dia 18. Também ficou acordada
a mediação de duas audiências entre os índios e representantes do Ministério da Justiça e com
a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Telma Britto.

Fonte: Clipping da 6ª CCR do MPF.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

NOTÍCIAS DO BURACO QUENTE

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes


A comunidade do Buraco Quente está situada em Várzea das Moças (São Gonçalo). Quem nos levou até o local, foi o morador Arivaldo da Conceição, 36, conhecido como Vampeta, motorista e síndico do Condomínio Vila Áustria. Entramos na comunidade pela Estrada Áustria e Vampeta logo foi nos apresentando aos comerciantes da região. Seu Elias da padaria, morador do Buraco Quente há quatorze anos, comentou: “A estrada está muito ruim e quando chove, alaga tudo.”

Josimar e sua casa ilhada pela lama.

Paramos em seguida no Bar da Cláudia. Enquanto ela afirmava que “o bairro é maravilhoso”, seu cliente contestava e, novamente, a rua que alagava com as chuvas era citado como o problema principal.

O Bar da Cláudia e seus frequentadores.

Vampeta nos mostrou as ruas de acesso à Linha (comunidade anexa) e constatamos a falta de asfalto e iluminação pública. Uma delas possui até um obstáculo de cimento, feito para conter os alagamentos. Passamos por um terreno baldio com uma caçamba de lixo na entrada. Vampeta nos conta que as crianças brincam por alí, com frequência. O mato está baixo, mas às vezes fica enorme e isso não impede às crianças de brincar no terreno. Portanto, Vampeta diz que está reivindicando a transformação do terreno baldio em área de lazer para as crianças, na Prefeitura.

Vampeta ao lado da caçamba: Depósito de lixo ou área de lazer?

Enquanto caminhávamos estrada a dentro, Osmarino da Silva Brum, 62, pedreiro e morador local há sessenta anos, desabafou a origem dos alagamentos em dias de chuva.”O vizinho fez um muro que invade a rua, tapando a saída do valão. Por sua vez, a água volta e alaga tudo. Ele teve a ‘boa idéia’ de colocar manilhas de 40º para canalizar um valão inteiro!”

Por onde jorra o esgoto das manilhas

Fomos até o tal muro e a situação da rua é de arrepiar. A lama chega a tal espessura, que se não fosse a calçada, não daria para caminhar por ela. Josimar, motorista, 38, fez um cimento na porta de casa para amenizar o problema.


“A Prefeitura precisa tomar uma providência.” Josimar


Em outra rua encontramos outro absurdo, que agora parece hábito da AMPLA (como vimos na Garganta, em Niterói, na edição anterior): Largam os postes pendurados por cabos de aço, amarrados em árvores e nunca mais retornam.
Na volta do caminho que fizemos, conhecemos o morador Thiago Ferrer, 25, serviços gerais, que pede: ”Pavimentação,iluminação e esgoto para todos! Ainda precisamos de muitas melhorias por aqui!” Os canos de água seguem por debaixo da rua, mas a água só vai até os limites do condomínio Vila Áustria. O asfalto, também, não vai muito além do condomínio. O esgoto é precário, pois nem todos tem o seu ligado a rede e o tal muro impede a circulação do valão, alagando tudo. A iluminação pública é inexistente em algumas ruas. Os moradores pedem encarecidamente providências.

Thiago Ferrer e Vampeta

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

340- RELATO DA TRAGÉDIA NO CUBANGO

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes


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Michael de Paula da Silveira, 26, estudante de História, nascido e criado na Travessa José, 650 (comunidade anexa a 340), No Cubango, Niterói, nos relata a seguir, o que ele vivenciou no dia da tempestade que colocou abaixo diversas casas do 340. Para ele, o drama ainda não acabou:
“ Tinha acabado de chegar da faculdade e, antes que conseguisse chegar em casa, a chuva começou a ficar forte. Me abriguei sob o toldo de uma padaria, próxima a entrada da minha rua. Ouvi um barulho e percebi que a parte de trás da casa de Mariana (sua conhecida) havia desabado. Corri para avisá-la, pois ela estava dormindo e nem havia escutado o que acontecera. Nesse momento, ouvi gritos de socorro, vindos de uma casa próxima que desabava. A família que morava alí conseguiu sobreviver, porém, tivemos que resgatar duas crianças que ficaram com as pernas presas no barro. Daí, os moradores foram saindo de suas casas rapidamente, levando com eles agasalhos e o que mais podiam salvar. Nisso, mais duas casas desabaram. Em uma delas, pai, mãe e filha conseguiram se salvar. Um filho morreu. Na outra casa, uma menina ficou soterrada. Enquanto o pessoal tentava tirar a menina dos escombros, um dentre eles caiu na lama, ficando preso. Uma árvore envolta em fios da rede elétrica caiu sobre ele. O local teve que ser evacuado por causa da descarga elétrica. A menina e o rapaz morreram alí mesmo.”


Perguntado pelo “Aluguel Social”, Michael comenta que a defesa Civil não revisou todas as casas ao longo da Travessa são José, deixando muitos moradores sem o laudo necessário para recorrer ao benefício (Laudo Permanente). Entretanto, Michael afirma que a maioria já está recebendo.
Mas, para Michael, o estado de alerta ainda não acabou. Há muita gente morando em casas que estão prestes a cair, porque o laudo emitido pela defesa Civil consta como “temporário”. Há casas mais ao alto que, como uma bola de boliche, jogarão por terra diversas casas abaixo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ENTRE EM CONTATO E PARTICIPE


impressodascomunidades@hotmail.com -
www.impressodascomunidades.blogspot.com

Ontem fizemos uma matéria bem legal com essa galera


http://www.youtube.com/watch?v=o2s2RI3nb24&feature=related

Vocês vão poder conferir no Impresso de julho

segunda-feira, 12 de julho de 2010

POESIA PARA QUEM PRECISA

Por: Helena Ortiz
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A vida toda a gente ouve falar em lutar por isso e aquilo, e tudo parece eterno. Mas lembremos todas as lutas, e veremos que tudo se mexe, ainda que lentamente, em velocidade bem menor do que desejamos.
Lembrem-se que houve a escravidão, as mulheres não podiam votar e há bem pouco tempo, se olharmos de uma perspectiva histórica, estavam atreladas ao homem para sempre. Isso significa que alguma coisa anda. Talvez porque os movimentos populares sejam tão raros hoje em dia, que não se veja o quanto avançam as conquistas. As epidemias foram combatidas, surgiram outras. Há sempre muito que fazer. Essa é a vida, mutante, dinâmica, veloz.
De qualquer modo, a única maneira de superar as desigualdades sociais não depende de raça, credo ou berço. Depende do estudo. Depende do estudo. Depende do estudo. A educação é o único meio de progredir, e sempre o olhar individual, interpretativo sobre as coisas. Não acreditemos em nada de pronto. Vamos ver. Vamos investigar. As coisas nunca são bem assim. Procuremos sempre o outro lado, ou lados, porque sempre existem nuances, detalhes que podem fazer toda a diferença.
Neste número a coluna apresenta Paula Kalantã, que orgulhosamente descende dos tupinambás, estuda jornalismo e atua em defesa dos direitos humanos. Poesia para quem precisa é um espaço que quer, antes de tudo, se abrir para você, leitor, para sua sensibilidade encolhida ante tantos acontecimentos que você pensa que não pode mudar. Porque os acontecimentos não dependem só de você. Mas a maneira de vê-los, de se posicionar em relação a eles, essa sim, é única e exclusivamente você, e apenas nessa comunicação com a vida de todos os dias é que você vai saber quem é, e do que é feito.
E é quando você se toca que sim,
que você existe, que é um universo em movimento, aí então você vai lá e diz o que tem de maior, de mais verdadeiro, de mais profundo em si mesmo. Apesar das dificuldades por que passam as comunidades indígenas, da maneira como os governos as tratam, fingindo proteger, mas extinguindo, Paula tem um território sem fronteiras, que é absolutamente seu, no qual não mandam nem o INCRA, nem o Ministério Público, nem os seus paus mandados.
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Sob a lua pálida
Por: Paula Kalantã
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Quero ser tua, sob a lua pálida
e sentir teu corpo forte, ardente.
Quero sentir-me totalmente abandonada.
no teu abraço apertado e quente.
Quero sentir a vida pulsar em ritmo louco
no meu e no teu corpo,
tua língua em minha boca
sedenta de amor e de prazer.
Quero sentir tuas mãos em meu corpo,
leves, suaves, queimando como fogo.
Quero te olhar nos olhos,
e deitar-me em teu colo.
E quando o sol despertar,
alegre e cheio de vida,
quero te sentir dentro de mim
assim mesmo à luz do dia.
e perder-me em você.
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domingo, 11 de julho de 2010

Projeto Recomeçar promove sua 3° Ação Social na Ititioca

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa
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RelaxamentoBolsa FamíliaHigiena Bucal
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Mais uma vez o Projeto Recomeçar mostra que é possível ter qualidade de vida sem precisar sair de onde se mora. Sábado, dia 19/06, no Colégio Estadual Vila Costa Monteiro, foi dia de cuidar da saúde e do bem estar dos moradores da Ititioca, em Niterói, RJ. A parceria entre os projetos Recomeçar e CrerSendo trouxeram vários serviços para os moradores da comunidade. Entre esses serviços foram encontrados: medição de pressão arterial, exame de glicose, atendimento homeopático e fitoterápico, acupuntura, fisioterapia, relaxamento, higiene bucal, corte de cabelo, conscientização ecológica, atendimento do Bolsa Família, o já tradicional Bazar da Amizade e artesanato.

Acupuntura

Maldi, do projeto CrerSendo, falou um pouco sobre o serviço de conscientização ecológica. “Nós conversamos sobre o reino vegetal para que a criança crie amor pela planta. Falamos também sobre os animais e o planeta de uma forma geral”. Um representante do projeto Figueira, que também faz parte do CrerSendo complementou dizendo que: “É daí que vem a conscientização dos que vão preparar o novo mundo. Eles são o futuro. Nós damos apenas a base. Isso que está acontecendo aqui é um exemplo. Uma aula de solidariedade”. Ele preferiu não se identificar por dizer que a pessoa que está falando não tem impor-tância. “O foco tem de estar nisso que está acontecendo aqui”.
Outra que preferiu não se identificar, falando em nome do Grupo de Rede de Cura de Niterói, contou que se aproximaram do Projeto Recomeçar para ajudar. “Nosso lema é acolher e não escolher. A importância maior que vemos aqui é ter um trabalho que está tendo continuidade. Estamos unidos pela fé e pelo amor. Isso que é importante. Nós estamos aqui, dando esse apoio voluntário, para uma consciência espiritual, através da Rede de Cura Voluntária. Rodamos várias cidades e Estados dando nosso apoio a quem precisa”.

Corte de cabelo

José Maria, 42, morador da Ititioca e integrante do Projeto Recomeçar, acredita que essa é uma excelente oportunidade para o bairro. “Tem de ser feito assim. Se formos esperar o Poder Público trazer esses benefícios... Essa é uma iniciativa nossa. Se cada bairro tivesse uma coisa assim, o país estaria melhor”. Flávio de Araújo, o popular Fafá, comemora essa 3° Ação pensando na próxima. “Nossa próxima Ação Comunitária será 07/07,e tentaremos ampliar ainda mais as atividades, trazendo serviços de identificação e carteira trabalho. Mais uma vez tive muita satisfação em ver a comunidade participando, o que demonstra que estão gostando da iniciativa. Vou aproveitar para agradecer mais uma vez ao Projeto CrerSendo.
Maria Auxiliadora, 50, é moradora local e trabalha no Colégio. Ela reafirma a importância do evento e aproveita para destacar que a Ititioca é uma área onde vivem muitas pessoas carentes, que por vezes precisam do básico, como alimentação. Outra moradora que trabalha no Colégio é Helenice. Ela disse que as Ações promovidas pelo Recomeçar são excelentes e que é importante por dar oportunidade de acesso a serviços que normalmente não teriam. “Eu mesma estava precisando de certos atendimentos que tive aqui, hoje”.
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Nova logo do Projeto Recomeçar - Projeto registrado, o desafio do primeiro ano de sobrevivência vencido e a Ação Social já alcançou sua terceira edição... Um sucesso atrás do outro. Para completar o quadro, uma nova logo entra em cena.

sábado, 10 de julho de 2010

Cultura e educação no Projeto Social Educar

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa




Subindo pela estrada do Jacaré (primeira a esquerda, na Garganta, Niterói) encontramos problemas de pavimentação e estrutura seríssimos, mas, continuando o trajeto, chegamos ao campinho, onde Sonia Maria dos Santos, 39, promove um projeto que busca unir cultura e educação, fazendo a diferença, apesar de toda a dificuldade. O Projeto Social Educar oferece reforço escolar para diversas idades. Do 1º ao 5º ano as aulas são feitas segundas e quartas pela manhã, das 09:00h às 10:30. Na parte da tarde tem a turma de 14:00h as 15:30. A educação de Jovens e Adultos é de Segunda à Quinta de 18:00h às 20:00h. O Projeto Prazer em Ler Adolescentes funciona às sextas de 18:00h às 20:00h.
“Não tenho ajuda nenhuma. Faço por amor. Não existe patrocínio, nem interesse para educação.” Sonia

Há seis meses o projeto ganhou o prêmio Machado de Assis, pelo Governo Federal. “Fiz um projeto e concorri com o Brasil inteiro. Ganhei uma biblioteca para a comunidade. O interessante é que somos reconhecidos em Brasília, mas a Prefeitura de Niterói não tá nem aí”.
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Todo final de semana os alunos levam um livro para casa e respondem a um questionário sobre. Outra alegria é o projeto já estar atendendo mo-radores de comunidades vizinhas. Sonia disse que já tem alunos do Viradouro. “Meu sonho, além desse projeto ser reconhecido pela Secretaria de Cultura de Niterói, é expandir para outras comunidades, dando oportunidade de aprendizado a todos”.
No decorrer desses seis anos de luta Sonia conseguiu algumas parcerias interessantes, como um curso de informática para seus alunos adolescentes na Unilassale, onde está concluindo a faculdade de pedagogia. “Estou preocupada, porque me formo esse ano e conseguia fazer a festa de final de ano com apoio da minha turma. Cada aluno da minha sala se comprometia em ser padrinho ou madrinha de uma criança, dando um pre-sentinho melhor para elas”.
Quatro moradores ajudam no projeto de forma voluntária, mas as necessidades são muitas. Material escolar está entre as prioridades. Muitas crianças não têm ao menos lápis e borracha para fazer o dever. O espaço físico também é um problema. “É muito difícil fazer as coisas sem apoio. Já entramos em junho e ainda não consegui terminar de fazer a lista de presença. Tudo aqui eu tenho de elaborar. Desde as folhas de exercício, até o relatório que entrego aos pais em nossa reunião mensal. Aqui nada é obrigado. As vezes a mãe sai para trabalhar achando que o filho está aqui, mas ele não vem. Isso entra no relatório. O dia que a criança veio, o dia que ela faltou, o dia que não fez o dever...”
Existem, também, os passeios. Sonia busca sempre levar seus alunos a locais culturais, como teatros e cinemas, por exemplo. Mas levanta o problema de nem sempre conseguir os ingressos. Para finalizar, ela aproveita e agradece a todos que de alguma forma colaboram com o projeto.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Chapéu - Escolinha de futebol no Atalaia


Por: Alexandre Mendes
Foto: Alexandre Mendes
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O IDC foi até a escolinha de futebol no Atalaia, para ver de perto, o projeto do grande guerreiro Sebastião dos Santos, 50, mais conhecido como Chapéu. Ao chegarmos no campo, fomos calorosamente saudados pelos jogadores mirins. Chapéu deixou os meninos a vontade para a entrevista: “O quê vocês querem falar?” E pronto. Os meninos listaram precisamente, tudo do que necessitavam. Grama sintética; tela de proteção nova e iluminação em volta do campo; expansão do campo e construção de banheiro; conserto das traves; bolas; chuteiras ou tênis de diversos tamanhos; shorts e coletes.
Chapéu comenta que a maioria daqueles meninos têm o sonho se tornar um jogador profissional. Crianças e adolescentes participam do projeto, em um total aproximado de 60 alunos. Chapéu enfrenta dificuldades para manter o projeto (que já está na praça a trinta anos) e desabafa conosco: “Tanta criança participando e quem te ajuda? A bola estourou e comprei uma nova ($40,00) do meu bolso”. Os uniformes também se tornaram um problema. Chapéu diz que remenda os buracos das blusas e shorts com frequência, mas chega um momento que se torna impossível seu uso. O projeto atende, além de crianças da comunidade, jovens de outras localidades. Nesse dia haviam crianças do Fonseca, Cavalão e Grota. Ficamos sensibilizados quando, em meio à chuva de pedidos dos meninos, Paulo César, um menino de 12 anos gritou para o grupo: “ Fica quieto! Desse jeito, nosso sonho não vai ser realizado!”
Cumprindo a promessa que fizemos, citamos a seguir, os nomes dos meninos que foram entrevistados: Jeferson Ribeiro Rodrigues, 10; Marcus Vinícius, 13; Pedro, Ramon, Gabriel, Vitor, Valter, Mateus, Breno e ufa... outros que não conseguimos entender o nome, por motivo de euforia dos entrevistados.

Para quem está disposto a praticar uma boa ação, é só ligar para
8543- 1481 e falar diretamente com o nosso amigo Chapéu.





quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caos na estrada

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

Fomos convidados por Murilo Pereira Dias, 34, para conhecer o trajeto de Niterói até sua casa, em Santa Izabel, São Gonçalo. Ao sairmos da Estrada Velha de Maricá, entrando no Engenho do Roçado, somos recepcionados por um valão a céu aberto. Entramos na Alameda Floriano, onde a pavimentação é precária. “Olha que não está chovendo. Na chuva é muito pior. A lama e a água, somadas a esses buracos que vemos, tornam a passagem praticamente impossível” Relata Murilo.
Em frente ao número 131, da Estrada do Engenho do Roçado encontramos um dos muitos pontos críticos. Na estrada de Ipiiba, além do péssimo estado observado até então, um lixão se forma. A estrada de São Tomé veio em seguida e demonstrou o mesmo problema em relação a sua pavimentação. Transtornos com saneamento também foram vistos em diversas localidades pelo caminho e o mato alto toma conta das estradas. “É um lugar bonito, mas abandonado”. Complementa.

A estrada de Ipiíba.

Por: Murilo Pereira Dias

Pobre de espírito ou infeliz demasiado é o ser humano moderno. Titular de sua convicção; estimulado pela própria extinção, amante da poluição, mortandade... Trevas e discursos em vão. Seria apenas uma via, uma condução, um caminho sem perseguição. Seriam apenas árvores, pássaros, imensidão, amor, natureza, acolhimento e proteção.
Um canto da realidade, um canto trágico, sentindo que as cartas da manga, agora chegaram ao chão. Um escarro assinado, mentirosa consideração, roupas caras, assembléias, plenárias, paletó gravata: Assim empossa um ladrão, sua caneta, um assalto com arma na mão.
O ser tornou-se mesquinho, arrogante, egoísta. Pensador e teórico de políticas destrutivas, insentando-se da culpa, sendo apenas mais um traidor de seu espelho ou mesmo a ignorância não perdoada, sobre o desejo de auto flagelo. Numa pirâmide dita social, hierarquia e poder algoz.
Não existe capitalismo feroz, apenas o solitário desejo de governar, mesmo estando perdido entre lacunas e abismos. A realidade tentada pela maquiagem imoral, festas, samba, carnaval, copa do mundo, eleições de fundo de quintal. Seriam apenas sentimentos, mas tornou-se uma questão ambiental. Seriam apenas votos forçados, democracia irreal, teria eleitos dignos e eleitores como no dia de Natal.
A poesia tenta não chorar diante do
que é menosprezado. Pagantes de impostos
não entendem o que lhes são impostos para poderem ser livres, e não sabem quanto poderá ser o custo da dignidade, lama nos pés desde tenra idade, lixo decompostos e solidão de um esqueleto de um antigo amigão. Foi um cão. sua ossada revela pela putrefação, o silencio dito pelos que aguardam e infelizmente aguardarão. Mais uma vez está o dia de exercer o direito de cidadão, forçados pela demagogia no horário político na televisão. Vejam meu povo e prestem atenção, eu compro seu voto e lhe dou um caixão.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ocupação Mama África comemora mais uma vitória

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

Foi numa sexta feira, 14/05, que pude ter o grande prazer de comemorar junto aos moradores da Mama África, mais uma conquista desta ocupação urbana. Quem acompanha nosso jornal já conhece a história dessa galera que vem há muito tempo lutando pelo seu direito a moradia nos números 48 e 50 da Rua Passos da Pátria, no Bairro de São Domingos, em Niterói. Devidamente representados pelo advogado André de Paula, militante da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST), eles tiveram uma audiência que determinou sua permanência no número 48. O processo relativo ao número 50 ainda está em andamento, mas todos demonstraram muita esperança em conseguir mais essa vitória.
Um cartaz feito pelos moradores homenageava o advogado, que foi muito parabenizado por todos. Mas, outras batalhas ainda estão por vir. Além da conquista do número 50, os moradores vêm buscando apoio para conseguir reformar o local e trazer projetos culturais para todos.
Nas fotos a baixo podemos ver parte do registro fotográfico que fiz nessa grande festa, repleta de alegria e união. Uma comemoração mais que merecida para quem temia perder o único lugar que conhecia como lar. Contribuições oferecidas por cada participante possibilitaram o churrasquinho familiar que se desenrolou em um clima super agradável. As crianças se esbaldaram no cachorro quente e no refrigerante. Nota 1000 para a deliciosa batida. Foi realmente perfeito. Parabéns a todos.