terça-feira, 31 de agosto de 2010

Projetos promovem atividades na Martins Torres.

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa
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A criançada faz os instrumentos com sucata e depois aprende a tocar
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O Projeto Nosso Amanhã deu uma pausa em suas atividades devido aos estragos na quadra que utilizam, para promover os eventos com a criançada da Martins Torres, em Santa Rosa (Niterói/RJ), depois das fortes chuvas que deixaram seqüelas ainda não sanadas por toda a cidade, mas conseguiu driblar mais essa e já está de volta com o futebol, além de novas atividades.
Entre as novidades está o Projeto Mundo Som, que existe há cerca de um ano e atua em várias comunidades. Na Martins Torres o Projeto dá aulas de música e ecologia, aos sábado das 14:00h às 17:00h.
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Dedé distribuindo o lanche para a garotada

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Tukinha e Dedé, do Projeto Nosso Amanhã, explicaram que as matrículas reabriram e aproveitaram para agradecer a todos os colaboradores. “Queríamos novamente agradecer nas páginas do Impresso das Comunidades a todos que ajudam a realização e ao desenvolvimento deste trabalho. Nosso obrigado ao Bar do Chicão, D, Frut, Padaria do Naldo, Colchões Juliano, Citilar, ONG Visão Esperança (pelo espaço cedido) Clinica Dert, ao amigo Gentili, ao amigo do gelo e ao amigo Lúcio.”

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os Arteiros

Por: Alexandre Mendes
Foto: Alexandre Mendes


Marcos Vinícius e Fafá

Marcus Vinícius Paiva da Silva (Marcus Manerinho OSA), 31, gerente de produção é um dos cinco rapazes que deram início ao bonde de motos, conhecido como “Os Arteiros”, em 2005. “Colocamos adesivos com o emblema dos arteiros nas motos. Um dia, roubaram a minha moto e conseguimos encontrá-la dois dias depois, por causa do adesivo. Esse fato nos fortaleceu muito, como grupo. Outro fato importante para nós, foi o falecimento do meu primo Sirley, em um acidente no dia 1º de maio de 2006. Por ele gostar tanto do nosso bonde, enquanto estava vivo, decidi me dedicar cada vez mais a idéia. Começamos com cinco e hoje somos, aproximadamente, noventa. Promovemos eventos que levam a nossa marca.”
O Arraiá dos Arteiros será realizado nos dias 3,4,5,6 e 7 de setembro na Ititioca.
Outro evento que irá “bombar” na comunidade, contará com a apresentação de MC Orelha, artista e membro dos Arteiros (Data ainda não definida).
Contatos:


domingo, 29 de agosto de 2010

Cafifas colorem a cidade

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Luiz Henrique Peixoto Caldas

No dia 1° de agosto, no Centro de Niterói, RJ, aconteceu um grande festival de cafifas. Diversas comunidades se encontraram e dividiram a paixão pela brincadeira que virou uma verdadeira exposição de artes. Nomes consagrados no meio, como Zé Lino (morador da Vila Churupita, no Largo da Batalha) e Hélio Viana (morador do Boa Vista, no Fonseca) marcaram presença.
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Pelé e a organização do evento

Zé Lino

Seu Hélio e a pipa borboleta

O mês começou com a alegria da 5° edição do Festival de Pipa em Niterói, RJ, no dia 1°, de 8:00h às 15:00h. O organizador, Pelé, Presidente da Escola de Samba do Cubango, explicou: “Estamos mais uma vez reunindo todos os amigos do Estado do Rio de Janeiro que gostam de soltar cafifa. Depois de 20 anos fora da etapa estadual, conseguimos voltar e estamos a 5 participando”. De acordo com Pelé, estiveram presentes no evento entre 4 e 5 mil pessoas
No dia 15 a festa continuará no clube Mauá, em São Gonçalo. “O evento acontece o ano inteiro. Depois vai vir a 10° etapa estadual. O patrocínio é da Linha Corrente. No mês de janeiro sai no site da Corrente a tabela com os dias e horários. Em Niterói é sempre no 1° domingo de agosto e o Mauá faz no 3°” Explica Pelé.
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Modalidades:

- Maior Pipa
- Menor Pipa

- Criatividade

- Beleza

- Raia Vazada

- Centopéia

- Equipe

- Conjunto da Obra


sábado, 28 de agosto de 2010

Programação

Teatro infantil
LENDAS NEGRAS BRASILEIRAS
Texto e direção - Aline Buzatto
Domingos - 11h
22 e 29 de agosto e 05 de setembro

Teatro adulto
TUDO BEM QUANDO ACABA BEM
Texto base - Willian Shakspeare
Direção - Marcela Coelho
Todos os sábados e domingos - 18h.
Início dia 21 de agosto
até dia 26 de setembro

ENTRADA FRANCA

Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
aberto de terça a domingo das 8h ás 18h
Rua Murtinho Nobre 169 - Santa Teresa - Rio

11º Aniversário da Feira Cultural da Fotografia


Mais uma edição da Feira de Troca


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Convite - Espaço Ay Carmela apresenta: Zumbi or not Zumbi


O Espaço Ay Carmela Convida para a apresentação da peça 'Zumbi or not Zumby', uma adaptação do texto "Arena Conta Zumbi" de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, com direção de Thiago Reis Vasconcelos. Ela será apresentada neste sábado, dia 28 de Agosto, a partir das 19 horas.Tendo o tema da escravidão no Brasil e a história de Zumbi dos Palmares como base, os atores do Projeto Y da Cia. Antropofágica narram neste musical uma história muito maior: a de todos os que já lutaram e lutam por liberdade.A peça, além de estrear e ficar em cartaz durante temporada no Espaço Pyndorama, foi apresentada em escolas públicas e em unidades da Fundação Casa, o que gerou um enriquecimento no processo ao tratar de temas como escravidão, liberdade, submissão e revolta justamente em instituições de alto controle social e de hierarquização.Contribuição sugerida: R$ 5,00 (ou pague o quanto puder!).Todo o dinheiro arrecadado será revertido para a manutenção do espaço!


Espaço Ay Carmela!Contatos: tel. 11 3104-4330 e e-mail ay-carmela@riseup.netRua das Carmelitas, 140 - Sé - São Paulo / SP (Travessa da Rua Tabatinguera / Saída Poupatempo do Metro Sé) Siga as placas ;)
Mapa:http://maps.google.com.br/maps?f=d&source=s_d&saddr=-23.550877,-46.63238...

Espaço Ay Carmela!Contatos: tel. 11 3104-4330 e e-mail ay-carmela@riseup.net

Rua das Carmelitas, 140 - Sé - São Paulo / SP (Travessa da Rua Tabatinguera / Saída Poupatempo do Metro Sé) Siga as placas ;)
Mapa:
http://maps.google.com.br/maps?f=d&source=s_d&saddr=-23.550877,-46.63238...

Em 26 de agosto de 2010 12:15, Israel Raimundo "Sassá" dos Santos escreveu:
‘Feirinha do MST & Almoço no Espaço Ay Carmela!’
Data: 29.08.2010 [Domingo]Hora Início: 10:00
Hora Término 14:00
Hora Almoço: 13:00


O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), por meio do assentamento Irmã Alberta, de Perus, na Grande São Paulo, estará no Ay Carmela vendendo produtos que foram produzidos no assentamento, no próximo domingo (29/8).

Serão verduras, legumes, frutas entre outros produtos que, além de serem fruto da luta pela terra, possuem qualidade (são orgânicos e cultivados sem agrotóxicos) e ótimos preços. Ou seja, você poderá comprar produtos saudáveis, baratos e contribuir com a luta popular brasileira. Além disso, essa "mini-feira" de produtos do MST acontecerá no mesmo dia do tradicional almoço do AyCarmela.

Os interessados poderão aproveitar também para almoçar no espaço, que oferece comida vegetariana (utilizando os produtos da feira como ingredientes) ao preço de R$ 13,00 por pessoa. Não deixede contribuir!

Realização: Organização Popular Aymberê (OPA) www.opaymbere.wordpress.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Blog da Organização Popular Aymberê foi atualizado

www.opaymbere.wordpress.com


Brasil: Acampamento Indígena Resiste durante Oito Meses em Brasília


ATO-DEBATE CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS POPULARES E SOCIAIS


Seminário de Altos Estudos Contemporâneos – 28/08 das 14 as 18h

MANIFESTO

PARTICIPE DA LUTA PELA REFORMA AGRÁRIA

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vida de trabalhador

Por: Fabio da Silva Barbosa
Foto: Fabio da Silva Barbosa

Arinaldo, Dona Elza, Sérgio Antônio e Antônio Carlos

Arinaldo dos Santos de Almeida, 47, trabalha há 12 anos como pedreiro e mereceu estar na coluna Atitude do nosso impresso por, entre muitos motivos, ser um verdadeiro retrato do trabalhador e um mestre em sua arte, que leva a labuta com muita honestidade. Vindo de Belém para Niterói, por ter uma maior valorização do seu trabalho por aqui, ele aprendeu a gostar da cidade. “Se na minha terra me pagassem o mesmo que pagam aqui, não teria vindo. Mas agora que fiz amizades, gosto muito desse lugar”.
Mesmo passando por situações difíceis, Arinaldo venceu, segundo ele, por ter sempre em sua cabeça uma meta: “Vencer e vencer”. Atualmente ele busca evoluir seu trabalho e lembra com carinho de quando começou. “Depois de mostrar meu trabalho, comecei a fazer amizades. Sempre valorizei as pessoas que deram valor ao meu trabalho. Trabalho por amor ao meu ofício e por amizade”. Sérgio Antônio, 61, e Elza Alves Barbosa, 88, estão com uma obra em casa e se sentem satisfeitos com o trabalho do amigo. “Ele, além de não cobrar caro, às vezes vai até a casa dele para buscar um material qualquer que ficou faltando. Ele lembra que tem por lá e não quer cobrar”. Arinaldo intervém: “Faço isso porque gosto. Nosso trabalho tem valor pelo carinho que a gente trabalha. Eu gosto de fazer obra. É coisa minha”. Antônio Carlos, 48, trabalha com Arinaldo e conclui: “A satisfação é ver a obra pronta do jeito que nos foi pedido. Obra para a gente significa vida dos outros”.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Capoeira é mais que um esporte para Mestre Jabá.

É um estilo de vida

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

Mestre Jabá, 31, após fazer uma viagem de intercâmbio ao continente africano, resolveu apostar em aulas gratuitas de capoeira, possibilitando a todos o acesso ao esporte. “Quando comecei, cobrava aos alunos, como qualquer mestre ou professor faria, mas sempre via que muitos alunos ficavam de fora por não poderem pagar. Existem pessoas que mesmo que se cobre R$ 10,00, ela não vai ter como pagar. As vezes, um aluno de futuro na capoeira, acabava ficando de fora devido a questões financeiras. Um aluno desse, amanhã, estará ensinando a outra criança que também não poderá pagar. Fazendo de graça não há excluídos”. Explica Jabá.
Sua Associação se chama Associação de Capoeira Paz e Liberdade. Antigamente possuía mais de 50 alunos, mas, hoje em dia, se resumem em 15. Mas, isso se deve a determinação em ficar apenas com alunos que estejam empenhados. “De certa forma, eu coloco algumas regras. Nem todo mundo está disposto a aceitar regras. Para vir aqui aprender, por exemplo, tem de estar estudando”. Apesar das rígidas regras, Jabá diz que as aulas são abertas a todos que estejam interessados em aprender.


Alunos demonstram suas habilidades em uma apresentação impressionante

Atualmente as aulas são dadas próximas a Av. Central, Niterói, RJ, em um espaço liberado pelo senhor Osvaldo. Além das aulas, Mestre Jabá promove encontros e eventos no local e diz que seu objetivo é fazer as pessoas entenderem que a capoeira não é uma coisa qualquer. “Ela amplia os horizontes. Nessa viagem a África que fiz com Mestre Magno, vi que a capoeira lá é forte e valorizada. Voltei com a visão de fazer a mesma coisa no Brasil. Tem muito mestre que sai daqui para trabalhar lá fora. Posso até ir fazer contatos e conhecer coisas novas, mas minha capoeira é aqui. Quero que esse esporte fique forte no Brasil. Se todo mestre for lá para fora como vai ficar a nossa capoeira?”
Ele diz ainda que apóia a união entre os capoeiristas e que a partir do dia 5 de agosto irá começar uma série de atividades com capoeiristas vindos de Moçambique. A princípio estão sendo aguardados 8 capoeiristas.


Mestre Jabá dá aula gratuita para a comunidade


Para contatos com Mestre jabá: 7102-2801


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

AEROGRAFITE É PURA ARTE

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes

Quem viveu na década de 80, lembra dos ditos “pichadores”, como jovens rebeldes que pintavam as paredes brancas da cidade com seus pseudônimos. O tempo passou e o que era considerado marginal, fluiu para o caminho da arte e muitos desses jovens (das décadas seguintes também) se tornaram artistas. Podemos ver maravilhosas pinturas enfeitando diversas paredes da cidade. E a arte não para por aí. O aerografite, que consiste em desenhos feitos por jatos de tinta, também nasceu daí.
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Um dos talentosos profissionais que praticam o aerografite é Jorge Maurício da Silva Curvello, 31, (mais conhecido como Dark), morador da Igrejinha, (no momento residindo em São Gonçalo). “Desenhei sempre, desde menino. Cheguei a ser pichador, mas os meus amigos começaram a praticar o aerografite e eu achei maneiro.” Conta Dark, que já desenvolve o trabalho há 8 anos, aproximadamente. “No início, trabalhava em casa nas camisas e por fora, trabalhava como entregador de cestas de café da manhã.”
Quando perguntado pelo estilo de pintura mais pedido em seu estúdio, Dark respondeu: “Hoje em dia é bem variado. Hello Kitty e Betty Boop , eram o “top da parada”, quando comecei. Hoje, eu posso dizer que o mais pedido são pinturas evangélicas e de funk.”
Dark comenta que a aerografia ainda é pouco explorada em Niterói, “mas o mercado de trabalho é bom, justamente por isso!” Chegou a surgir algumas oportunidades para dar aula, mas, infelizmente, Dark não conseguiu conciliar com o trabalho e desistiu.
Pedimos a ele que desse um recado para a geração atual de pichadores e ele respondeu:
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“O primeiro contato é a pichação, mas depois amadurece a idéia e trabalha com ela ou, então, se aposenta.”

sábado, 21 de agosto de 2010

Festa de encerramento do período, no Projeto Social Educar

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes
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Sonia
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O IDC foi convidado a cobrir a festa das crianças, na Alameda do Vale (Garganta), em 16/07. Infelizmente, a noite era muito chuvosa, o que atrapalhou um pouco que todos comparecessem. Enquanto Sonia Maria dos Santos, 39, organizadora do Projeto e nossa anfitriã, organizava as cadeiras e arrumava os pratos de guloseimas sobre a mesa (ela e suas amigas), tivemos o grande prazer de conhecer seu irmão, Sidnei dos Santos (Sidnei Garra), 46, autônomo, fundador do bloco de carnaval local (Garra de Ouro) e colaborador do Projeto Social Educar.
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Sidnei

Sidnei conta que o Bloco Carnavalesco, inicialmente, se responsabilizou pelo desenvolvimento do projeto. “ Fizemos a integração entre Bloco e Projeto e buscamos o reconhecimento do trabalho frente ao Estado, através do CNPJ, mas, mesmo assim, posso afirmar que as coisas são bem difíceis. O governo apoia, sempre com mais facilidade, projetos feitos por celebridades, os quais já têm dinheiro para viabiliza-los. Projetos de comunidade não têm a mesma facilidade para serem apoiados.” Apesar de tudo, Sidnei continua na batalha por um mundo melhor em sua comunidade, ajudando no Projeto Social Educar e agradecendo a sua irmã, Sonia. “Ela é a pessoa que mais luta para que o trabalho continue existindo aqui.” A Tia Sonia conseguiu o material e quitutes para a festa, contando com a verba arrecadada em uma rifa (que não foi suficiente), comida trazida pelos participantes e seu marido, que comprou os refrigerantes.
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Edna

Em depoimento, Ediná da Conceição Oliveira, mãe de Alexandre, 8, e aluno do Educar há um ano, resume a importância do trabalho no local: “O Projeto é uma obra social fundamental para as crianças da comunidade. Aqui, elas absorvem melhor tudo aquilo que não aprendem ou conseguem entender na escola e, quando terminam, devolvem o material que utilizaram (aprendendo a conservar o que é reutilizável). O amor por tudo que é desenvolvido aqui, também é importante para eles. Alexandre melhorou muito. Pena não haver um espaço anexo ao do Projeto, pois, se ele fosse ampliado, atenderia muito mais gente.”
O Projeto Social Educar espera doações que possam suprir necessidades inerentes ao serviço docente e afins.
Os telefones para contato são: 2611-5629/ 8716-7450

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Bar e Pensão dos Amigos repete o sucesso e promete novidades em seu próximo evento.

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

O Show com o grupo de pagode Entorna Samba, anunciado em junho, em nosso jornal, arrebentou no Bar e Pensão dos Amigos. O pessoal participou e se divertiu muito no bingo das duas caixas de cerveja e com o churrasquinho, que estava nota mil.
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Grupo Entorna Samba em ação

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No início desse mês, dia 6, o sucesso se repetiu com muita dança e animação. O sorteio, dessa vez, foi de duas cestas básicas e um grande show com música ao vivo incendiou a sexta feira.
Um dos organizadores do evento, o famoso Severino, o Amigo das Comunidades, garante que isso é só o início e que “esse espaço ainda terá muita novidade para apresentar”.

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Severino presenteia o aniversariante do mês

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Um ambiente familiar e aconchegante que durante o dia serve deliciosa comida caseira (inclusive, contando com entregas a domicílio) e a noite produz grandes eventos. Esse é o ponto de parada da coluna bar desse mês, que retorna a esse belo estabelecimento, hoje, dia 20, durante o show de Serginho Real e seu violão. O evento começará às 18:00h. O tradicional bingo estará sorteando vários brindes de peso durante o show de voz e violão do artista. Para quem ainda não sabe, o Bar e Pensão dos Amigos fica na Rua Doutor Sardinha, n° 218, Santa Rosa, Niterói, RJ. Para informações o telefone é 2705-0714.

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O Bingo de hoje estará imperdível

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Experiência

Por: Murilo Pereira Dias
Adaptação: Fabio da Silva Barbosa

Resolvi apresentar uma experiência. Quando gosto de um texto tenho o costume de ficar criando perguntas para as respostas apresentadas nele. Foi assim com esse. O companheiro Murilo enviou esse texto e comecei logo a fazer uma entrevista inversa. (FSB)

Quais os principais problemas enfrentados pelos ciclistas?
Numa apreciação política para os leigos poderem entender e mais especificamente para os políticos, um reduzido número de praticantes de esportes de praças públicas e das possibilidades em que encontramos na cidade de Niterói, encontram-se numa posição desfavorável na fila da vez. Um exemplo simples ao sairmos nas ruas de Niterói é uma lamentável falta de ciclovias e um absurdo no desrespeito aos ciclistas. Não comparamos a cidade de Niterói com alguma outra, pois o interesse é aqui, a realidade é aqui e não especulamos a legislação, pois quem as desconhece, mesmo tendo acesso, não faz parte, neste momento, da discussão.

Como resolver esse problema?
O que se busca é somente apelar, ou solicitar, melhorias nas condições urbanas da nossa cidade, visto o abandono e o descaso com a população em geral, sem discriminação, até ao contrário, uma ótima oportunidade de integração social, pois onde poderia estar sendo aplicadas atividades educativas, físicas, afetivas e sociais para diversas idades, as praças não oferecem nada além de espaços até bem cuidados, porém desertos.


Qual o melhor caminho para isso?
O que se pretende não é por meio de um texto solicitar reivindicações, apresentar projetos mirabolantes de efeito maquiador, pois estes já existem e já foram discutidos, o que se espera é que algum desses projetos estejam sendo colocado em prática o mais breve possível, abrindo ofertas de emprego e melhorias em localidades imobiliárias valorizadas, porém sem estrutura administrativa, visto a demanda populacional em Niterói, que empurra mais os menos favorecidos para impossibilidades. Sementes sem perspectivas que elevam casos de doenças precoces e crescimento da marginalidade. Não me referindo à esferas de classes economicamente sociais e sim daqueles que buscam os espaços públicos como opção de praticar seus esportes, atletas de rua, atletas de espírito.

“Daqueles que buscam os espaços públicos como opção de praticar seus esportes, atletas de rua, atletas de espírito. Esportes como skate, patins, corrida, futebol, dança, basquete, o urbano de bicicleta e tantos outros”
Murilo Pereira Dias

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Souza Soares continua na luta

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa



Placas da Prefeitura (“É proibido jogar lixo”) ficando soterradas sob o lixo.

Novamente caminhamos com nosso amigo Jorge de Oliveira, Presidente da Souza Soares (em Santa Rosa, Niterói, RJ) observando problemas por toda comunidade. Na Travessa Silvio Pinto Magaldi, o cheiro de esgoto se faz notar ao chegamos no local. Jorge enviou diversos ofícios pedindo limpeza dos rios e canais. Para ilustrar a situação, ele nos mostrou um valão completamente obstruído. Mosquitos estão se proliferando pelo local.

Péssimas condições de saneamento
O esgoto, assim como as péssimas condições dos caminhos e acessos, não são problemas novos e já constaram por mais de uma vez em nossos registros, mas, como se não bastasse isso, caminhões vem jogando lixo pela redondeza. Na Rua Valdir Cabral, encontramos algumas dessas pilhas de lixo citadas pelo Presidente. “Isso não é lixo da comunidade. Pessoas de fora estão vindo de madrugada jogar lixo e entulho aqui. Caminhões que não querem se dar ao trabalho de descarregar esses resíduos em locais adequados, vem até aqui e jogam tudo pela calçada e pela Rua. Se você observar, ao lado desse lixo todo temos uma escola. A CLIN limpa, mas no dia seguinte tem lixo de novo”.
Montanhas de lixo e entulho impossibilitam a passagem dos pedestres, que tem de fazer seu caminho pela rua.

Na Travessa Guilherme Sebastião Rosa, registramos uma grande quantidade de lixo depositado. “Agora você vê: Uma área desse tamanho, que poderia estar sendo usada para um bem comum, está virando depósito de lixo.” Declara Jorge. José Carlos, o Junior, conhecido como O Amigo das Crianças, por fazer brinquedos para a garotada do bairro, concorda com o Presidente da Associação. “Esse terreno tem um dono, mas como o dono não utiliza esse espaço, deixando abandonado e acumulando lixo, poderia ser pensado em uma desapropriação para se construir uma praça ou um centro de lazer. Colocar um balanço para as crianças brincarem...”.

Calçadas em péssimo estado não só na comunidade, mas em todo o bairro de Santa Rosa.


Jorge aproveitou para tratar de um problema bem abrangente: As calçadas do bairro de Santa Rosa. “As calçadas de todo o bairro estão uma vergonha. Não só no entorno de nossa comunidade. Estão todas esburacadas”. Outro assunto que aproveitou para falar foi sobre o prédio abandonado na Rua Valdir Cabral. “Esse prédio poderia estar tendo alguma função social”.

As boas novas

Apesar de toda a calamidade, Jorge consegue dar boas notícias. “O Médico de Família está sofrendo sua primeira intervenção séria desde que inaugurou. Está ficando muito bom. Gostaria de aproveitar para agradecer as doutoras Gisela e Verônica, que se empenharam na reforma deste módulo”. Algumas parcerias estão sendo feitas e já estão rendendo frutos. O Laboratório de Tecnologia Social e Proteção da Vida (LAPEV), do Instituto Vital Brasil, está entre esses parceiros. Marco Polo, 45, há 21 anos vem trabalhando com produção de artes e veio, através do LAPEV, montar uma oficina de teatro na Souza. “Essa oficina será aberta a comunidade e terá em seu ápice uma exposição, ou espetáculo. Meu trabalho lida com a identidade do indivíduo. Quem não tem contato com sua identidade fica vulnerável” Explica Marco.
Outra parceria importante lembrada foi com a Policlinica Sérgio Arouca, no Vital Brazil. Um contato que vem sendo feito é com a Eundação para a infância e adolescência ( FIA). Provisoriamente os cursos e projetos estão acontecendo na Associação de Moradores, mas ela vem procurando novos espaços para acomodar as atividades adequadamente..

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Resultado da enquete

Você acredita que a situação atual das comunidades indígenas da Serra do Padeiro, na Bahia, está sendo tratada da forma correta pelo Estado?

Sim 0 (0%)

Não 27 (100%)

Votos: 27
Enquete encerrada

terça-feira, 10 de agosto de 2010

AUDIÊNCIA IRÁ DISCUTIR SITUAÇÃO DOS DESABRIGADOS DAS CHUVAS DE ABRIL

A Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realiza, nesta terça-feira (10/08), às 11h, na sala 316 do Palácio Tiradentes, uma audiência pública para discutir o apoio estadual aos municípios atingidos pelas chuvas de abril. “Estamos acompanhando de perto a situação das famílias e dos municípios afetados pela tragédia das enchentes e dos desabamentos. Ao longo dos últimos meses, Niterói, o município mais gravemente afetado, com mais de 170 mortos e 12 mil desabrigados, até o momento, não preparou um plano de reconstrução. Vamos cobrar ação do poder local e debater o programa de apoio federal e estadual”, explicou o Presidente da comissão.
Para discutir a questão, serão convidados os secretários de Estado de Obras e de Assistência Social e Direitos Humanos além de representantes das prefeituras dos municípios atingidos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entrevista Andréia Dacal

Por: Fabio da Silva Barbosa

Andréia Dacal (primeira a esquerda)com as crianças e duas grandes amigas da Ocupação Mama África (Fernanda e Simone), em São Domingos, Niterói, RJ.


Mulher, cantora, poetisa, skatista, geógrafa, jornalista cultural, Andréia Dacal, há muito vem extrapolando as fronteiras de sua cidade natal (Niterói) e corajosamente vem abraçando o mundo com seu trabalho original e visceral. Versando sobre a condição humana, com sensibilidade e garra, canta com a alma, mensagens críticas e reflexivas, que fazem balançar não só o corpo, mas também as idéias. Inspirada por muitos elementos da escola jamaicana, como o dub poetry, roots, ragga, dancehall e niyabinghi, somada a sua pesquisa e intimidade com a música popular e regional brasileira, além de outras linguagens musicais, como o rap e o eletrônico, Andréia Dacal traz sempre boas novas a cena contemporânea do reggae brasileiro e mundial, através de suas constantes parcerias em álbuns internacionais do forte movimento Dub vanguardista europeu.
Sem pretensão, com um trabalho perseverante, amor pela música e respeito pela cultura e universo em torno do Reggae, a cantora segue sua trajetória com positivas contribuições na cena.

Como ocorreu o contato com o reggae?
Sempre fui sensível e interessada em música. Na adolescência já pesquisava, conversava e trocava muita informação e som com os colegas de escola. Procurava ouvir tudo que despertava e aguçava minha curiosidade. Música e manifestações artísticas de conteúdo revolucionário, sempre me despertaram um interesse maior. O conjunto de música, letra e atitude me conquistou. Tive acesso ao reggae, de forma mais profunda, aos 14 anos, conhecendo a obra de Bob Marley. Mergulhei com interesse e profunda identificação com o ritmo, proposta e mensagens. Acompanhei e dediquei maior atenção a esta cultura musical. Foi um divisor de águas. A identificação com o universo mítico, filosófico e cultural foi fulminante.

Como esse ritmo chegou ao Brasil?
Na década de 1970, músicos brasileiros são influenciados pelo reggae. Experiências foram tentadas por Jards Macalé, Luís Melodia e outros, mas Gilberto Gil levou a risca a influência, realizando um projeto que vendeu mais de 500 mil cópias. O compacto “Não Chores Mais”, versão em português de “No Woman, No Cry”, de Bob Marley. Aí o reggae se espalha pelos festivais de música no Pará, Maranhão e Bahia, caindo na graça dos moradores dessas regiões. Simultaneamente, em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo ganha espaço em bailes na periferia.
Em 1980, Bob Marley vem ao Brasil e promete voltar com o grupo Inner Circle, para uma turnê pela América Latina. Na mesma época, Peter Tosh se apresenta com grande sucesso no Festival de Jazz de São Paulo. O reggae começa a despontar no país quando Bob Marley faz a passagem, vitima do câncer, aos 36 anos, no dia 11 de maio de 1981. No entanto, ao contrário do que se especulou, o reggae e toda manifestação cultural em torno dele não morreu com seu precursor e influenciou novas criações e fusões musicais pelo mundo.
Os anos 80, no Brasil, foram marcados por inúmeros sucessos de artistas e bandas que tiveram no reggae sua maior inspiração e expressaram, muitas vezes, sentimentos, questões e opiniões que o reggae já vinha trabalhando de forma visceral desde sua origem.sob o ritmo das batidas sincopadas. Temas como injustiça social, criticas ao materialismo, violência urbana, racismo, todas estas questões sempre foram muito bem exploradas pelo reggae Jamaicano. Nomes como Cidade Negra, Paralamas do Sucesso, Tribo de Jah, entre outros, contribuíram para firmar a identificação com essa música e manifestação cultural junto ao público brasileiro.
Acredito que toda essa aceitação e identificação se deva ao fato do Brasil e a Jamaica terem muitas afinidades. Por exemplo, a formação de nosso povo, que também tem grande influência da cultura Africana. O reggae entoado sob a figura de um negro do terceiro mundo, aclamado nos 4 cantos do planeta, elevou a voz e o sentimento de milhões de pessoas. O reggae se tornou um hino, uma música que representa luta, resistência e a conquista de espaço junto a comunidade branca, conservadora e capitalista, para a livre manifestação contra toda e qualquer forma de opressão. Um bastão que de forma suave e natural desbravou o sistema e alcançou sua representatividade junto a ele. Acredito que essa força conquistada pelo povo negro da Jamaica, difundida para as demais comunidades do mundo, sob a forma deste manifesto pacifico, musical, artístico e corporal, através da dança, se tornou um veiculo a prova do tempo e seguirá conquistando e servindo de bandeira e símbolo para muitos países seguirem se expressando.

O reggae vai além do ritmo? Fale um pouco sobre esse movimento mais sólido.
Para muitos é apenas um ritmo, um segmento musical. Para outros, como eu, é mais que isso, porque estes buscam sua origem, história e com isso mais uma fonte de referência, aprendizado e até mesmo orientação. Tudo vai depender da afinidade e comprometimento do ouvinte. Se ele quiser ficar só no embalo da música, deleitar o espírito e se entreter, é isso que vai conseguir. Se quiser se aprofundar na mensagem, na cultura, na história, na fé, vai se deparar com um universo amplo e surpreendente, que pode abrir muitos leques de conhecimentos e reflexão. Cada um busca e encontra o que procura. E é esse o principal movimento, em minha opinião. O que parte do EU , das escolhas individuais, que depois acaba resultando em movimentos coletivos de indivíduos que pensam e se identificam, buscando objetivos de vida em comum. Mas, o principal movimento, na minha opinião, e mais sólido também, é a revolução pessoal que pode ocorrer a partir da identificação e compromisso de cada um em perceber o mundo sob uma nova ótica. A ótica do amor universal e da moral fraterna, ampliando seu raio de ação ao redor.

Existe uma vertente que é engajada na luta social. Como um movimento de harmonia e boas vibrações luta com um sistema desigual e predatório?
A história prova que a palavra, firmeza de caráter e comprometimento promovem grandes mudanças sociais e conjunturais. A idéia de que para transformar uma realidade injusta e miserável de esperança tem que vir através da força, da violência ou da imposição é coisa do sistema, do Estado. O povo em si, nunca optou pela guerra. É levado a conviver com o jogo de interesses de esferas invisíveis que pregam responder por todos, mas só respondem por eles mesmos. A musica reggae, através da mensagem Rastafari, prega amor, união, transformação de dentro para fora dos indivíduos, aponta para a autonomia, a liberdade e a tolerância... Por isso é forte e atemporal. Não existe revolução real que não ocorra naturalmente, sem imposições. Acredito na arte como a mais forte ferramenta de transformação e conquista de uma sociedade mais justa e humana. Bob Marley tem uma frase que se aplica bem a pergunta: “O reggae quando bate, você nunca sente dor”.

Há pouco tempo uma comunidade rastafari tradicional da Bahia foi fortemente reprimida pela polícia. Qual sua opinião sobre o assunto?
A polícia é um aparelho de controle a serviço do Estado, que tem hoje, os mesmos interesses de ontem: manter o poder, sua perspectiva do que é a “ordem” e os modelos de “bem viver” que interessem ao sistema financeiro. O Estado nunca viu o Rastafari com bons olhos, porque a visão Rastafari é crítica à sua forma de gestão e dominação. O Rastafari busca e incentiva a autonomia, através de uma série de desapegos as matrizes culturais de consumo que o Estado incentiva. Por ser uma visão e orientação definitivamente libertária, não existe imposição no caminho Rastafari, pois ele é uma escolha. Diferentemente das regras do sistema, que nos amarra nesta grande rede desde que nascemos,, quando somos registrados e identificados. Tudo que aprendemos até começarmos a construir certa individualidade nos pensamentos nos é transmitido através de valores passados pela escola, família, circulo social, etc.
Acredito que o Estado se torna frágil, necessitando se impor através da ordem e leis tendenciosas que não atendem aos interesses de todas as camadas da sociedade. Essa imposição, hoje mascarada pelo ideal de democracia, utiliza a força quando necessária, segundo sua perspectiva de manter a estabilidade deste sistema. É onde mora a injustiça e muitas vezes o abuso de poder do homem sobre o homem com o aval da lei. Isso é um grave obstáculo para a evolução social e humana.
Repudio toda forma de exploração e abuso de um homem sobre outro, repudio o Estado que intervém com violência e repudio os policiais, que a despeito de sua necessidade profissional, acatam ordens que vão contra a constituição. Repudio igualmente a mídia que usa histórias como estas para aumentar a audiência em cima da exploração sensacionalista de notícias transmitidas sem respeito a verdade.

Voltando ao lado mais musical: Como está o espaço para o reggae?
Sua constante superação, recriação e fusão com outros ritmos faz com que o cenário esteja sempre fresco, ao mesmo tempo em que não perde sua história e tradição. O espaço existe, mas ainda há muito que fazer: Resgatar sua importância cultural, focar aspectos da cultura musical jamaicana ainda pouco conhecidos ou divulgados... Conquistar a atenção e respeito junto as produções e realizações, para garantir uma estrutura mais organizada que atendam ao circuito .

A Ocupação Mama África foi o motivo de nosso primeiro contato. Com muita luta essa galera vem conseguindo conquistar seu direito a moradia. As últimas notícias foram animadoras.
Resumo minha opinião, citando um jargão muito divulgado pela Fist (Frente Internacionalista dos Sem Teto), que acredito que exprima muito bem a questão:
“Se morar é um direito, ocupar é um dever”.
A questão fundiária no Brasil, seja agrária ou urbana, é uma mazela histórica que o Estado continua negligenciando. Se o Estado lava suas mãos, cabe a nós, cidadãos, chamarmos atenção e lutarmos com dignidade e justiça para conquistar este direito quando ele nos é devido. A Mama África está fazendo isso, se colocando de forma ativa e positiva diante deste impasse e está sendo vitoriosa. Que sirva de exemplo para muitos casos similares no Brasil. Estamos juntas, porque ainda há muito a se fazer e me sinto orgulhosa por poder estar somando nesta frente de resistência, como colaboradora espontânea, na luta contra mais esta forma de opressão. Sou fã das guerreiras e crianças da Ocupação Mama África. Para mim é uma grande inspiração poder somar na conquista do direito, não só de moradia, mas no reconhecimento da identidade e força desta comunidade.

Para fechar:
Minha mensagem é que cada um busque mais de si para que assim possa oferecer mais e o melhor para o mundo. Todos somos parte do processo de evolução para uma realidade mais justa e feliz para todos.
Aproveito também para deixar uma importante reflexão de sua Majestade Imperial Haille Selassie, referência principal dentro da visão e pensamento Rastafari , que sintetiza com muita sabedoria os grandes desafios de nossa civilização e humanidade:
”Através da história, tem sido a inatividade daqueles que poderiam ter agido; a indiferença daqueles que deveriam saber melhor; o silêncio da voz da justiça quando ela mais importava; que tem tornado possível ao mal triunfar.” Haille Selassie
Máximo respeito a todos, bênçãos de luz
Jah Guiando


PARA CURTIR O SOM E REFLETIR:
http://www.myspace.com/dacalbr
PARA BAIXAR O DISCO:
http://www.fresh-poulp.net/releases/fpr045/
VISITE TAMBÉM
http://www.reggaemovimento.com

domingo, 8 de agosto de 2010

Morro Boa Vista teme novos desabamentos

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Luiz Henrique Peixoto Caldas

“A pior catástrofe não foi a que aconteceu,
mas a que vai acontecer se ninguém tomar
uma providência.”

Hélio Viana
Morador do Boa Vista

“A pior catástrofe não foi a que aconteceu, mas a que vai acontecer se ninguém tomar uma providência”. Esta frase do morador e ex-presidente da Associação de Moradores do Morro Boa Vista, no Fonseca, Niterói, RJ, Hélio Viana, 57, mais conhecido como Hélio Bigode, resume bem a situação encontrada no morro. “Você não sabe como estou passando mal nesse momento. Tudo que fiz foi por água a baixo”. Lamentou-se fazendo uma referência ao campinho, a área de lazer e esportes e demais espaços que ergueu e depois de anos viu serem derrubados pelas chuvas.

Nenhuma autoridade veio aqui, então é porque não estão interessados. Eu só posso concluir isso.” Hélio

Quando perguntado pelos desabrigados, Hélio dispara: “Têm muitos. Mais de 200 famílias, com certeza têm. Alguns estão na Igreja da São Lourenço, na sede da Associação, ou em casas de vizinhos... Eu mesmo não estou na minha casa, pois ela está correndo risco de cair. A qualquer momento pode desabar. Vocês vão ver”. E foi exatamente o que constatamos, entendendo na mesma hora o que significava aquele aviso sobre a pior tragédia estar por vir. Não só na casa de Hélio, mas em diversos pontos pudemos encontrar rachaduras e terrenos cedendo. E o pior de tudo, segundo ele, é que a população se encontra completamente desamparada. “No dia em que aconteceu o problema vieram os bombeiros para ajudar a retirar as pessoas e a defesa civil que veio na creche cadastrar os moradores desabrigados, mas, depois disso, não veio mais ninguém... Ninguém, ninguém, ninguém... O chão e as casas estão apresentando rachaduras e algumas estão abaixo do nível da rua, mas ninguém vem ver o que houve e dar uma explicação para a gente. Eu acho que isso, do jeito que está, se chover uma semana direto, desaba tudo. Acredito que, dessa vez, vai ser pior. Está arriscado a daqui a pouco vocês virem fazer uma matéria que não iriam querer”.

Chão cedendo e rachaduras profundas por toda a parte “São rachaduras profundas e não são uma ou duas não, são centenas” Hélio

HélioRealmente venho desde 2008 acompanhando as reclamações da comunidade. Desde a época em que Seu Hélio era Presidente da associação. Registros foram feitos na página Comunidade do jornal universitário UNITERÓI, mas nenhuma providência foi tomada pelo poder público sobre as péssimas condições de estrutura do lugar. Pelo que observamos, o descaso com essa comunidade que faz parte da história da cidade se repete ainda hoje.

Tristes lembranças

Erminia Estevão da Costa, 56, mora há quase 40 no Boa Vista e é mais uma que compartilha das preocupações de Hélio. “Não veio autoridade nenhuma tomar conhecimento. Aí, a gente fica assim, sem saber de nada”. Renê da Silva Maciel, 57, também nos acompanhou por toda a visita e embora não seja morador local, freqüenta o morro e se preocupa com os amigos. Várias escadas foram cobertas e vimos postes arrancados e cobertos pelos destroços. Muitas casas foram aban-donadas. “O povo ficou muito traumatizado. Teve gente que nem documento veio buscar. Têm muitas famílias que viviam juntas e foram separadas. Cada um foi para um canto”. Lembrou o ex-presidente. Muitas casas soterradas estão sendo habitadas apenas pelos cães, que eram animais de estimação das famílias que viviam por ali. “Os cachorros não vão embora. Teve um caso aqui, de um cachorro que ajudou a encontrar uma vítima. O bombeiro observou que ele não saía de um determinado ponto. Quando cavaram no local, confirmaram que havia uma pessoa lá”.

Hélio Bigode mostra a grade do campo

Maria Carlota, 65, morava com a filha e os 3 netos em uma das casas atingidas. Ela contou que teve de se retirar porque o Bombeiro disse que eles tinham de sair de casa, mas não sabe muito bem o que está ocorrendo. “Gostaríamos que alguém viesse explicar o que está acontecendo. Quem realmente está em risco. Criei meus filhos naquela casa e agora tive de sair assim... Ta armando temporal de novo. Toda vez que o tempo fica assim a gente tem medo. Foram tantas vidas...”


“Esse aqui está esperando para cair” Hélio