domingo, 12 de setembro de 2010

Rua N, do bairro Maceió, entregue às moscas

Por: Alexandre Mendes
Fotos: Alexandre Mendes
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O que sobrou do desabamento está coberto com plástico.

Levem em consideração o título, no sentido literal. A coleta de lixo está sendo feita, aproximadamente, uma vez por mês. Depois do deslizamento de uma casa situada na parte alta da rua, durante as chuvas de abril, a passagem ficou um bom tempo interditada. Os moradores foram obrigados a fazer um mutirão para retirar a montanha de barro e entulho. Mesmo assim, a coleta do lixo que não estava sendo feita pelo caminhão, porque alegavam não ter como chegar até às caçambas, continua escassa. Carlos Renato, 37, montador, é morador da rua e sofre com o acúmulo de lixo em frente ao acesso da sua casa. "Algumas pessoas dizem que aqui não é rua, é somente um caminho. Por isso, fomos obrigados a retirar o barranco que impedia a passagem da rua, sem nenhum auxílio de fora. O lixo só é retirado, depois que pedimos muito, umas 500 vezes!"- " Estive na Rua N (atualmente chamada de Rua Manoel Loureiro de Freitas), pouco antes da tragédia. A tal casa já estava para cair e o lado mais baixo da rua, em avançado estado de erosão. É uma pena que não tenham dado atenção, antes da tragédia. "Muitos carros, ainda não entram aqui. Para carregar minhas compras, tenho que dar a volta pelo caminho mais longo, pela rua de cima."

Moradores denunciam a o acúmulo de lixo.

Os problemas que observamos na matéria sobre a rua, no mês de março, ainda existem: O esgoto escorre pelo meio da rua de terra. Há um poste, prestes a cair no meio da rua. Os escombros das casas derrubadas pela Prefeitura fazem parte da paisagem. Não sabemos o paradeiro desses pobres moradores.

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