quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Esgoto a céu aberto causa transtornos em várias comunidades

Texto e fotos por: Fabio da Silva Barbosa
.
.
Um problema sempre observado nas comunidades dos mais diversos municípios, é o saneamento básico. De acordo com a Lei Nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, todos deveriam ter acesso ao "abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente". Mas por que isso não acontece na prática? De acordo com companhias e órgãos responsáveis por fazer cumprir tal lei, o crescimento descontrolado das comunidades dificulta o trabalho de saneamento e abastecimento de água. Mas existem comunidades muito antigas aonde o serviço nunca chegou, como é o caso da comunidade Sítio da Aldeia, no Parque da Cidade, em Niterói. De acordo com o ex-presidente da Associação de Moradores do Sítio da Aldeia, Eduardo Moreira de Souza, as autoridades argumentam que não podem fazer infraestrutura em uma área de preservação. "Eles dizem que se começar a colocar esgoto e luz isso aqui vai crescer, só que não é interesse nosso que cresça. Somos uma família que habita aqui há muitos anos." Conta Eduardo.
No Morro Boa Vista, onde alguns moradores dizem fazer parte do bairro Fonseca e outros do bairro São Lourenço, também em Niterói, existem pontos críticos, onde habitantes e animais convivem em contato direto com o esgoto. Situação bem parecida no morro do Beltrão, em outro bairro de Niterói (Santa Rosa). Lá, várias moradias têm o esgoto passando em suas portas. O contato é inevitável.
Uma vizinha do Beltrão, a comunidade do Viradouro, está em situação bem melhor no que diz respeito ao esgoto, mas mesmo assim, um valão corta toda a comunidade, estando exposto em muitas partes, proliferando ratos e insetos.
Voltando ao bairro do Fonseca, podemos citar o Eucalipto como exemplo de abandono. Lá o esgoto escorre pelos caminhos sem calçamento e entre o mato alto. Na Vila Ipiranga o problema está sendo sanado pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal, mas alguns moradores desconfiam que regiões ficarão de fora e preferem esperar as obras acabarem para comentar o assunto. Fica pouco o espaço para tantas comunidades com o problema, mas todas esperam que necessidades tão básicas sejam atendidas o quanto antes.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário