terça-feira, 1 de junho de 2010

O quê vale mais?

Por: Alexandre Mendes

Me lembrei da 1ª quinta feira após a tragédia ocorrida em Niterói. Eu estava em um ônibus há mais de quatro horas, vítima do boato de um suposto arrastão que sacudia a cidade. De repente, uma senhora bem vestida retrucou: “Como se nós tivessemos culpa da desgraça deles!” Refleti muito sobre o comentário dessa senhora e decidi expor minha reflexão sobre ele, nesse editorial. Os moradores das áreas consideradas "nobres" devem ter questionado em suas mentes, qual a parcela de culpa delas em um desastre catastrófico, como o que ocorreu em diversas comunidades em Niterói, nas últimas tempestades. Eu diria que o fato está ligado a palavra omissão, pois ninguém que mora em área privilegiada reclama sobre o emprego de verbas públicas em seu bairro, quando se trata de um monumento caro ou um chafariz inútil. Se faz necessário que essas pessoas impeçam, por meios legais, essas obras farônicas inúteis e reclamem o emprego da verba pública em questão, na urbanização e outras necessidades, de suma importância, nas comunidades carentes. Isso significa exercer a sua cidadania de forma consciente e fazer com que os menos favorecidos tenham acesso a sua própria cidadania.

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