segunda-feira, 31 de maio de 2010

Chapéu, Mais de 30 anos ensinando respeito e perseverança na Atalaia

Por: Fabio da Silva Barbosa
Foto: Fabio da Silva Barbosa

Esse cara realmente é um símbolo de resistência e luta. Sebastião dos Santos, o popular Chapéu, 50, há 30 a-nos põe a garotada para correr atrás da bola. Chegando do Ceará aos 13, viu o lugar cres-cer. “Quando cheguei aqui não tinha essa cidade... Não tinha nada do que tem agora”. Mas, uma coisa que sempre sentiu falta foi de um time na Atalaia e contou que essa ativi-dade de montar um time sempre representou o prazer. “Nunca tive apoio. Só gente para dizer que sou maluco. O problema é que para promover esses eventos precisamos de aju-da, mas dizem que isso não tem futuro. Como não tem futuro se essas crianças que partici-pam são o futuro? Eu não sei se vou estar a-qui amanhã, mas eles vão.” Questiona.
Jonas Ribeiro Rodrigues,12, diz gostar do futebol, mas ressalta que precisam de uniformes e manutenção no campo. “Chapéu sempre ajuda. Mais ninguém. Se não fosse ele...”. Jeferson Ribeiro Rodrigues, 10, concorda com Jonas e acrescenta: “Tinham de aumentar e consertar o campo. Tapar os buracos...”.
Marcos Aurélio da Silva, 15, destaca: “Para ficar à toa na rua, prefiro jogar bola.” Leandro dos Santos, 17, embora não conhecendo outro que faça o mesmo por eles, reflete: “Tinha de ter mais alguém para ajudar a pôr refletores e conseguir os materiais.”
Chapéu aproveitou para divulgar ou-tras necessidades. “Ao lado do campinho, tinha de ter uma mureta. Ali não tem proteção para as pesoas que estão passando próximas à rua e tem acidentes. Na rua 30 de Outubro tem um valão que tinha de ser dado um jeito. O mau cheiro e os mosquitos atrapalham. Tem ratos, baratas, doenças... Os vereadores aparecem para pegar voto, mas não vêem isso. Precisamos também de uma caçamba para colocar o lixo. Mas uma coisa boa que eu quero falar é do projeto em frente ao campo. Ele ensina ler. Projeto do Adão. Isso é importante. Muita gente que chegou sem saber ler, hoje em dia já sabe. Ele também precisa de ajuda para o trabalho dele”

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