terça-feira, 18 de maio de 2010

A Ititioca dá exemplo de organização e promove grande manifesto

Quase 54 horas sem luz
(Mais uma do nosso arquivo)
Por: Fabio da Silva Barbosa
Foto: Fafá
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De 14/03, domingo, até 16/03, terça, a comunidade da Ititioca (Rua D, Rua A, Vila Costa Monteiro, Rua Belo Horizonte e Rua Francisco Julião), Capim Melado e parte do Morro do Céu ficaram sem luz. Mais de dois dias de completa escuridão. Muitas pessoas perderam alimentos que tinham de ser mantidos na geladeira e comerciantes tiveram prejuízo com mercadorias que se estragaram. A questão só foi resolvida depois da comu-nidade organizar uma série de protestos.
Durante esse tempo, foram feitos pedidos para a companhia responsável com-parecer ao local e resolver o assunto, mas não obtiveram resposta. Fecharam a rua, protestaram, mas nada foi feito. “Então entramos no ônibus e fomos para a Câmara dos Vereadores.” Conta Ciara, importante liderança comunitária que já esteve anteriormente em nossas páginas rei-vindicando melhorias para sua comunidade. E ela completa: “Nos manifestamos em frente a Câmara, em frente a Prefeitura e ainda fomos para a AMPLA. Só assim conseguimos resolver nosso problema. Aí eles vieram de manhã e ficaram até acabar de dar um jeito em tudo. Podaram árvores. Até um poste que tinha caído desde o Carnaval eles consertaram”
Mas, Ciara destaca que o que mais gostou nisso tudo foi ver a união dos moradores locais. “O que mais me deixou feliz foi ver todo mundo junto. Tinham mais de 500 pessoas. Foi muito bonito. Eu queria agradecer muito a comunidade por isso.”
Apesar da satisfação pelas con-quistas nessa batalha, Ciara tem consciência de que ainda há muito a ser feito. A água é outra preocupação que há muito tempo vem trazendo transtornos aos moradores. “Não cai água no posto do Médico de Família, no Colégio Vila Costa Monteiro, nem na CLIN.” Indigna-se. Outros pontos afetados pela falta d’água, ainda segundo ela, é a comunidade do Capim Melado e parte do Morro do Céu. “Na Rua D, metade tem água e metade não tem”.
“Vamos fazer uma reunião para estudar o conflito da falta de água. Caso os respon-sáveis não solucionem o caso, vamos voltar a fazer barulho. Ninguém aguenta mais. Essa é nossa próxima meta.”

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