quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caos na estrada

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa

Fomos convidados por Murilo Pereira Dias, 34, para conhecer o trajeto de Niterói até sua casa, em Santa Izabel, São Gonçalo. Ao sairmos da Estrada Velha de Maricá, entrando no Engenho do Roçado, somos recepcionados por um valão a céu aberto. Entramos na Alameda Floriano, onde a pavimentação é precária. “Olha que não está chovendo. Na chuva é muito pior. A lama e a água, somadas a esses buracos que vemos, tornam a passagem praticamente impossível” Relata Murilo.
Em frente ao número 131, da Estrada do Engenho do Roçado encontramos um dos muitos pontos críticos. Na estrada de Ipiiba, além do péssimo estado observado até então, um lixão se forma. A estrada de São Tomé veio em seguida e demonstrou o mesmo problema em relação a sua pavimentação. Transtornos com saneamento também foram vistos em diversas localidades pelo caminho e o mato alto toma conta das estradas. “É um lugar bonito, mas abandonado”. Complementa.

A estrada de Ipiíba.

Por: Murilo Pereira Dias

Pobre de espírito ou infeliz demasiado é o ser humano moderno. Titular de sua convicção; estimulado pela própria extinção, amante da poluição, mortandade... Trevas e discursos em vão. Seria apenas uma via, uma condução, um caminho sem perseguição. Seriam apenas árvores, pássaros, imensidão, amor, natureza, acolhimento e proteção.
Um canto da realidade, um canto trágico, sentindo que as cartas da manga, agora chegaram ao chão. Um escarro assinado, mentirosa consideração, roupas caras, assembléias, plenárias, paletó gravata: Assim empossa um ladrão, sua caneta, um assalto com arma na mão.
O ser tornou-se mesquinho, arrogante, egoísta. Pensador e teórico de políticas destrutivas, insentando-se da culpa, sendo apenas mais um traidor de seu espelho ou mesmo a ignorância não perdoada, sobre o desejo de auto flagelo. Numa pirâmide dita social, hierarquia e poder algoz.
Não existe capitalismo feroz, apenas o solitário desejo de governar, mesmo estando perdido entre lacunas e abismos. A realidade tentada pela maquiagem imoral, festas, samba, carnaval, copa do mundo, eleições de fundo de quintal. Seriam apenas sentimentos, mas tornou-se uma questão ambiental. Seriam apenas votos forçados, democracia irreal, teria eleitos dignos e eleitores como no dia de Natal.
A poesia tenta não chorar diante do
que é menosprezado. Pagantes de impostos
não entendem o que lhes são impostos para poderem ser livres, e não sabem quanto poderá ser o custo da dignidade, lama nos pés desde tenra idade, lixo decompostos e solidão de um esqueleto de um antigo amigão. Foi um cão. sua ossada revela pela putrefação, o silencio dito pelos que aguardam e infelizmente aguardarão. Mais uma vez está o dia de exercer o direito de cidadão, forçados pela demagogia no horário político na televisão. Vejam meu povo e prestem atenção, eu compro seu voto e lhe dou um caixão.

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