quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Souza Soares continua na luta

Por: Fabio da Silva Barbosa
Fotos: Fabio da Silva Barbosa



Placas da Prefeitura (“É proibido jogar lixo”) ficando soterradas sob o lixo.

Novamente caminhamos com nosso amigo Jorge de Oliveira, Presidente da Souza Soares (em Santa Rosa, Niterói, RJ) observando problemas por toda comunidade. Na Travessa Silvio Pinto Magaldi, o cheiro de esgoto se faz notar ao chegamos no local. Jorge enviou diversos ofícios pedindo limpeza dos rios e canais. Para ilustrar a situação, ele nos mostrou um valão completamente obstruído. Mosquitos estão se proliferando pelo local.

Péssimas condições de saneamento
O esgoto, assim como as péssimas condições dos caminhos e acessos, não são problemas novos e já constaram por mais de uma vez em nossos registros, mas, como se não bastasse isso, caminhões vem jogando lixo pela redondeza. Na Rua Valdir Cabral, encontramos algumas dessas pilhas de lixo citadas pelo Presidente. “Isso não é lixo da comunidade. Pessoas de fora estão vindo de madrugada jogar lixo e entulho aqui. Caminhões que não querem se dar ao trabalho de descarregar esses resíduos em locais adequados, vem até aqui e jogam tudo pela calçada e pela Rua. Se você observar, ao lado desse lixo todo temos uma escola. A CLIN limpa, mas no dia seguinte tem lixo de novo”.
Montanhas de lixo e entulho impossibilitam a passagem dos pedestres, que tem de fazer seu caminho pela rua.

Na Travessa Guilherme Sebastião Rosa, registramos uma grande quantidade de lixo depositado. “Agora você vê: Uma área desse tamanho, que poderia estar sendo usada para um bem comum, está virando depósito de lixo.” Declara Jorge. José Carlos, o Junior, conhecido como O Amigo das Crianças, por fazer brinquedos para a garotada do bairro, concorda com o Presidente da Associação. “Esse terreno tem um dono, mas como o dono não utiliza esse espaço, deixando abandonado e acumulando lixo, poderia ser pensado em uma desapropriação para se construir uma praça ou um centro de lazer. Colocar um balanço para as crianças brincarem...”.

Calçadas em péssimo estado não só na comunidade, mas em todo o bairro de Santa Rosa.


Jorge aproveitou para tratar de um problema bem abrangente: As calçadas do bairro de Santa Rosa. “As calçadas de todo o bairro estão uma vergonha. Não só no entorno de nossa comunidade. Estão todas esburacadas”. Outro assunto que aproveitou para falar foi sobre o prédio abandonado na Rua Valdir Cabral. “Esse prédio poderia estar tendo alguma função social”.

As boas novas

Apesar de toda a calamidade, Jorge consegue dar boas notícias. “O Médico de Família está sofrendo sua primeira intervenção séria desde que inaugurou. Está ficando muito bom. Gostaria de aproveitar para agradecer as doutoras Gisela e Verônica, que se empenharam na reforma deste módulo”. Algumas parcerias estão sendo feitas e já estão rendendo frutos. O Laboratório de Tecnologia Social e Proteção da Vida (LAPEV), do Instituto Vital Brasil, está entre esses parceiros. Marco Polo, 45, há 21 anos vem trabalhando com produção de artes e veio, através do LAPEV, montar uma oficina de teatro na Souza. “Essa oficina será aberta a comunidade e terá em seu ápice uma exposição, ou espetáculo. Meu trabalho lida com a identidade do indivíduo. Quem não tem contato com sua identidade fica vulnerável” Explica Marco.
Outra parceria importante lembrada foi com a Policlinica Sérgio Arouca, no Vital Brazil. Um contato que vem sendo feito é com a Eundação para a infância e adolescência ( FIA). Provisoriamente os cursos e projetos estão acontecendo na Associação de Moradores, mas ela vem procurando novos espaços para acomodar as atividades adequadamente..

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